Notícia no detalhe
Gilberto Gil: um dos principais nomes do Tropicalismo na Bienal
No último dia de programação da 7ª Bienal do Livro – Leitura que muda o mundo, o público foi presenteado com uma grande atração. A feira, realizada no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop), levou para o último Café Literário, na noite deste domingo (02), o cantor Gilberto Gil. O compositor, cantor e um dos principais nomes do Tropicalismo – uma revolução operada na estrutura letrista da canção popular e da necessidade de se reestudar os critérios de avaliação e compreensão da nova linguagem – falou sobre literatura, as influências em sua carreira e da experiência quando Ministro da Cultura.
- Minha paixão pela música vem desde pequeno. Minha mãe conta que, aos dois anos, ela me perguntou o que eu queria ser quando crescer e eu respondi: ´musgueiro`, que era mais do que ser músico, mas alguém que viesse a mexer com as palavras e sentimentos. Havia em mim uma vocação desde cedo que me aproximava da música, mais precisamente da música popular que é o reino da palavra cantada. Meus primeiros esboços de canção apareceram aos 13 anos. Composições completas mesmo só entre os 17 e 18 anos, quando passei a tocar violão. Antes, como era muito fã de Luiz Gonzaga, minha mãe perguntou se ainda queria ser ´musgueiro´e como eu era fã do rei do baião, ela me matriculou numa escola de acordeon -, contou Gilberto.
Com o nascimento da Bossa Nova e influenciado pela poesia de autores como Olavo Bilac e Castro Alves, o jovem Gilberto Gil foi tomado pelo fascínio da palavra e começou, na década de 60, a carreira de compositor, partindo para o que ele denomina palavra cantada. “A escrita é a forma mais fundamental de comunicação. O registro da palavra é fundamental para qualquer povo. A literatura, a vida escrita de um povo que lhe dá oportunidade de conhecimento de si mesmo. Sem literatura é impossível o uso qualificado da língua e o uso estendido dela. Não importa o estilo literário. A importância da leitura está resguardada”, analisou.
Gilberto Gil ainda destacou algumas ações durante sua passagem pelo Ministério da Cultura, tendo destacado a lei dos livros que determina a exoneração do imposto para os livros de forma a beneficiar o leitor na ponta, já que tornava obrigatório o repasse na mesma proporção da isenção para o leitor, consequentemente, reduzindo o preço dos exemplares.
- Tivemos que considerar aspectos culturais mais relevantes que mereciam receber mais atenção e apareceu imediatamente a questão do livro e da leitura tanto pela Biblioteca Nacional quanto pelo papel do livro na Educação formal. Era uma questão séria que merecia ser renovada. Adotamos políticas de incentivo à leitura, parcerias para levá-las às escolas, estabelecemos programas de leitura e de incentivo ao livro de forma lúdica nas escolas nos finais de semana. Ainda, distribuímos livros e os incluímos como ítem obrigatório nas cestas básicas e fortalecemos as bienais e feiras de livros em todo o país”, resumiu. Encerrando o bate-papo, Gilberto falou da Tropicália que, segundo ele, trouxe a inovação e atualização da música popular.
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