A importância da integração do sistema de informações e atividades para a construção de uma “cidade inteligente”, com reflexos diretos na humanização e bem-estar da população, foi tema de rodas de conversa realizadas nesta quinta-feira (13) na Câmara de Vereadores e na Prefeitura. No legislativo municipal, as palestras foram realizadas pela manhã. Na prefeitura, à tarde, no auditório, reunindo cerca de 80 pessoas, a maioria gestores de secretarias, superintendências, fundações e autarquias.
— Sabemos dos benefícios que a tecnologia pode oferecer, principalmente no planejamento das ações de uma administração, mas essa ideia jamais alcançará o efeito desejado se não tivermos a boa vontade, a disposição de colaborar com o próximo. Daí a necessidade de trabalharmos de forma conjunta pelo nosso município. O objetivo fim deve ser sempre a cidade, o nosso povo, o melhor para a nossa população — destacou na abertura do encontro o prefeito Rafael Diniz.
Foram dois palestrantes do Projeto Minha Cidade Inteligente, do Programa Brasil Inteligente, instituído por decreto presidencial em maio de 2016, ao qual Campos se integrou no início deste ano. O primeiro a falar foi o consultor e escritor André Gomyde.
— O mundo será de duas classes de pessoas: os que têm e os que não têm informações. E esse já está aqui. É que muitos ainda não perceberam. Programa de computador já substitui advogados. Transações bancárias cada vez mais são realizadas por telefone. E transporte de passageiros nos Estados Unidos já é feito por carros inteligentes, sem motoristas. Temos as ferramentas para tornar as cidades inteligentes, mas tem que envolver o fator humano — destacou Gomyde.
O segundo palestrante, Osório, Nelson Osório, que desenvolveu o Centro de Monitoramento e Controle da Copa do Mundo e das Olimpíadas do Rio de Janeiro centrou sua palestra mais nas questões técnicas relativas à gestão inteligente.
— A gestão planejada deve ter continuidade independente da questão política nas sucessões dos governos. Uma cidade inteligente, com ações integradas a partir da utilização de plataformas digitais deve ser um processo desenvolvido por décadas. Um bom exemplo é Barcelona, na Espanha, onde vi há três anos que, mesmo com todo progresso e gestão eficiente, a cidade já se planeja para daqui a 50 anos — observou Osório.
Para o superintendente do Centro de Informações e Dados de Campos (Cidac), Luiz Cláudio Vieira, as palestras dos especialistas foram uma excelente mostra do que os gestores municipais podem utilizar para desenvolver ações conjuntas e otimizar suas ações.
— Foram palestras de grande importância para os secretários, que vão poder ampliar sua visão de gestor, sempre trabalhando de forma integrada. E como foi colocado pelo prefeito, será fundamental a postura colaborativa entre eles, na utilização das ferramentas de forma correta, observando o princípio da eficiência e economicidade — concluiu.