Um ano e meio após visitar Campos pela primeira vez para participar de homenagens ao instrumentista e compositor campista Juventino Maciel, o flautista Antônio Rocha, de Valência, no Sul Fluminense, se apresentou nesta sexta-feira (23) na 10ª Bienal do Livro de Campos, na homenagem a Patásio Silva, considerado até hoje um dos maiores flautistas do mundo, mesmo 112 anos após sua morte. Diante de um público exigente e refinado no Espaço Gotta, do Instituto Federal Fluminense (IFF-Centro), ele apresentou, em uma hora, inúmeros choros de consagrados instrumentistas do país, muitos deles do Norte e Noroeste Fluminense. Confira a programação da maior feira literária do Norte Fluminense (
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— É uma grande felicidade voltar a Campos para mais uma homenagem, desta vez ao grande Patásio Silva, nascido há mais de 100 anos em Itaocara, que na época pertencia a São Fidélis. Ele tinha uma técnica extraordinária e fez história na breve carreira, já que morreu aos 26 anos. E até hoje segue como um dos maiores instrumentistas do mundo. Foi um prazer apresentar aqui alguns choros não apenas de Patásio, mas também de Juventino, Pixinguinha e Altamiro Carrilho, meu grande mestre — afirmou Antônio, que foi acompanhado pelo violinista João Camarero, do interior de São Paulo.
Indicação do SESC, que participa da Bienal como parceiro da Prefeitura, Antônio Rocha agradou em cheio aos presentes. Entre eles, dois alunos do terceiro período do curso de Licenciatura em Música do IFF. “Espero ver outras iniciativas como essa, que ajudam a levar a verdadeira música brasileira ao público”, avalia Alan Freitas. “Basta apenas incentivo para que as pessoas tenham acesso, conheçam e passem a se interessar”, completa a colega de turma Samara Tobias.
— É uma grande realização podermos trazer ao público, nessa parceria com a Prefeitura, uma apresentação de tanta qualidade. Discípulo do grande Altamiro Carrilho, que saiu de Santo Antônio de Pádua para ser um dos maiores músicos do país, Antônio Rocha também é um ‘virtuose’ e um dos integrantes do grupo ‘Época de Ouro’, fundado pelo grande Jacó do Bandolim”, acrescenta o analista de Cultura de Música do SESC, Felipe Abdo.
Realização da 10ª Bienal do Livro de Campos
A programação da Bienal foi elaborada por uma comissão da FCJOL e pelo Sesc. A realização da feira literária novamente no IFF, como em sua primeira edição, traz uma economia de R$ 1,3 milhão em estrutura para a Prefeitura de Campos. A Bienal tem patrocínio da concessionária Águas do Paraíba e Realiza Construtora e conta também com o apoio do Boulevard Shopping e Instituto Federal Fluminense (IFF). O patrono é Nilo Peçanha, que foi presidente do Brasil em 1909 e 1910.
Realizações na Cultura
Além das atrações nacionalmente conhecidas, a 10ª Bienal do Livro de Campos segue valorizando os artistas e autores de Campos e região. Desde o seu início, o governo do prefeito Rafael Diniz traz realizações para o setor, como a reabertura do Teatro de Bolso, que mantém uma vasta programação de espetáculos para a população.