Registros de violência contra idosos têm crescido consideravelmente. Em Campos, dois casos chamaram a atenção, esta semana: uma idosa agredida pelo genro e um incêndio que provocou queimaduras graves em um casal de idosos. A Prefeitura de Campos, por meio da Superintendência do Envelhecimento Saudável e Ativo (Sesa), conta com uma Rede de Proteção Social que envolve seis Casas de Convivência para atendimento aos idosos e realiza ações sistemáticas de orientação e informação no combate a todo tipo de violência praticada contra idosos.
Dados do governo federal apontam que, no ano passado, o número de denúncias envolvendo os vários tipos de violência contra idosos no Brasil aumentou 13% em relação a 2017.
- Desde o primeiro dia do governo, o prefeito Rafael Diniz aprovou a implantação da Rede de Proteção Social que atende os idosos do município visando ao desenvolvimento cognitivo, físico, emocional e da prevenção com o foco da inovação e saúde. As Casas de Convivência oferecem atividades físicas, dentro do projeto 60+ Saúde; aulas de dança e teatro, consultas e exames médicos. Além de uma equipe multidisciplinar que está sempre atenta às necessidades dos assistidos. As boas práticas para o envelhecimento saudável da Sesa apresentam resultados concretos e inéditos na história de Campos - afirmou a superintendente da pasta, Heloísa Landim.
Junho é o mês dedicado à proteção e segurança da Terceira Idade. Agosto conscientiza sobre a violência doméstica contra a mulher. Nas duas ocasiões, a Sesa promoveu diversas palestras específicas abordando os assuntos. Ressaltando aos espectadores que violência física não é o tipo mais comum de abuso sofrido na terceira idade, mas outros agravos como abandono, negligência, violência financeira e psicológica vitimam com frequência quem já passou dos 60.
Nessa quarta-feira (21), a assistente social e chefe de gabinete da Sesa, Samara Soares, realizou uma roda de conversa na Casa de Convivência do Parque Tamandaré sobre violência doméstica. Elza, aluna do grupo de Teatro Nós na Fita, leu um texto autoral citando a época em que vivemos onde predominam o desamor e o preconceito, principalmente, com os idosos.
- Com bons exemplos, ganharemos respeito. As pessoas só fazem conosco o que a gente permite. Vivemos conflitos inter-geracionais, mas só nós podemos mudar isso. Comecem dentro de casa, com os bisnetos, netos, filhos, noras e genros. Façam as pessoas entenderem que merecemos respeito, apesar dos cabelos brancos – finalizou.
As denúncias que chegam aos órgãos municipais são encaminhadas à Promotoria de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência. Há, também, os canais do Ministério Público, por meio do Disque 127; e Disque 100 disponibilizado pelo Ministério da Justiça.
- Nas rodas de conversa, nos bate-papos formais e informais, a gente sempre procura deixar claro que eles (idosos) não estão desamparados tampouco sozinhos nesta luta contra a violência. Existem, em Campos, lugares que apoiam mulheres que são vítimas de violência. A vítima também pode procurar as Casas de Convivência, um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) ou um dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Profissionais capacitados vão garantir todos os direitos assegurados às vítimas de violência sejam homens ou mulheres – disse Heloísa Landim.