Objetivo é promover encontros bimestrais e itinerantes entre gestoras e executoras das políticas públicas para mulheres na região, com o intercâmbio de experiências nos serviços de atendimento, socializando e debatendo as demandas enfrentadas pelas equipes, com relação ao acolhimento para mulheres e filhos, seja de forma provisória ou preventiva ou, ainda, de média permanência. Assim é o III Fórum Intermunicipal da Rede de Proteção e Atendimento à Mulher, sediado nesta quarta-feira (11), no auditório da Prefeitura de Campos. O evento contou com a participação da primeira-dama Tassiana Oliveira e de representantes de diversos municípios das Regiões Norte Fluminense e dos Lagos.
“Manhã de muito conhecimento e troca ao participar do III Fórum Intermunicipal da Rede de Proteção e Atendimento da Mulher. É importante salientar que estamos buscando, cada vez mais, enfrentar a questão da violência contra a mulher, ampliando o momento de diálogo e reflexões com a rede para implementação e melhoria das políticas públicas de atendimento às vítimas de violência”, destacou a primeira-dama. A subsecretária de Políticas para Mulheres, Josiane Viana, relatou a importância de o município sediar o III Fórum Intermunicipal da Rede de Proteção e Atendimento à Mulher.
“Sediar um evento como esse é muito importante para o nosso município, pois podemos mostrar como cuidamos das nossas mulheres e o quanto, ainda, iremos avançar em equipamentos e políticas públicas no município. Temos uma rede de enfrentamento por meio dos equipamentos disponíveis, aplicativos e canais de denúncia, e queremos acabar com o ciclo de violência contra a mulher. Quando nos unimos, somos mais fortes”, disse Josiane,
Titular da Delegacia de Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Madeleine Dykeman, aprovou o encontro e falou da rede de apoio. “É muito importante para que todas nós possamos tomar posse da importância que é a gente lutar pelas mulheres que não têm condições, não têm conhecimento, porque muitas delas estão do nosso lado. A gente fala tanto de sororidade, mas a sororidade precisa ser ativada, e a gente precisa ativar isso. Se a gente souber quais são os equipamentos, que a gente possa direcionar essa mulher, pois seremos sempre as referências se alguém no nosso círculo estiver sofrendo alguma violência. Você com conhecimento pode orientar melhor”, frisou.
Os números são alarmantes. O Brasil é o 5º colocado no ranking dos países que apresentam as maiores taxas de feminicídio. Nos últimos 12 meses, durante a pandemia, uma em cada quatro mulheres com mais de 16 anos de idade sofreu algum tipo de violência. Isso representa um universo de aproximadamente 17 milhões de brasileiras vítimas de violência, seja física, psicológica, sexual, verbal ou patrimonial. Em 2020, foram registrados 1.350 feminicídios no país e houve 294.440 pedidos de medidas protetivas de mulheres contra seus agressores.
A Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres prevê o controle social para implementação, avaliação e monitoramento das políticas públicas que devem ser garantidos e ratificados pelo Estado brasileiro, como medida de proteção aos direitos humanos das mulheres e meninas.