O Cemitério do Caju – o maior do interior do estado do Rio – recebeu, na tarde desta quarta-feira (01), um grupo que se inscreveu, gratuitamente, para participar de uma das atividades do projeto “Meia Noite no Museu”, da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), com realização do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes (MHCG). A visita guiada pela historiadora Sylvia Paes, diretora executiva das Artes e Culturas da Fundação, revelou a beleza as esculturas que estão em alguns dos túmulos do complexo, com destaque para a sepultura do médico Philippe Uebe. A coordenadora do MHCG, Graziela Escocard, acompanhou a visita.
“Os túmulos antigos eram patrimônios suntuosos, justamente pelo fato de que representavam a última morada de cada pessoa. Mas, com o passar do tempo, o conceito de sepultara mudou, passando a ter construções simples, de fácil uso, limpeza e manutenção, mudando a estética do Cemitério do Caju. Mesmo assim, as esculturas aqui expostas, nos apresentam um verdadeiro museu a céu aberto”, avaliou Sylvia Paes, durante a visita.
Durante o passeio pelo complexo do Caju, administrado pela Prefeitura, por meio da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca), os visitantes conheceram túmulos de personalidades campistas, com destaque para Maria Queiroz de Oliveira, carinhosamente chamada de Dona Finazinha. Com os mais variados acabamentos, esculturas sacras de diversos tamanhos, encantaram os participantes da visita.
VISITANTES SATISFEITOS – Matheus Alvarenga, de 26 anos, estudante da Licenciatura em História da Universidade Federal Fluminense (UFF), participou da visita junto da esposa, Dayana Barreto e de sua avó paterna, Marilda Silva Gonçalves.
“Foi uma tarde marcada pela descoberta de curiosidades sobre um local para o qual raramente voltamos nossos olhares mais detalhados. Visitamos os túmulos de personalidades campistas, que nos revelaram cenários de rara beleza”, observou Matheus Alvarenga.
PROGRAMAÇÃO NO MUSEU HISTÓRICO – No Solar do Visconde de Araruama as atividades terão início às 20h, tendo como entrada uma pulseira retirada na portaria do Museu, mediante a doação de 1 kg de alimento não-perecível. A primeira ação será a exibição do curta “O Saci”, último filme dirigido por José Mojica Marins, o Zé do Caixão, seguido de debate com Wellington Cordeiro, no auditório Maria Helena Gomes. Em seguida, o Coletivo Campista de RPG (Cocar) realizará quatro mesas, até às 23h.
A partir das 21h, serão iniciadas as visitas guiadas aterrorizantes, pelo Museu, com encenações de “Assassinato de Donana Pimenta”, “Rua das Cabeças” e a “Morte do Barão da Lagoa Dourada”, feitas pelo Curso de Capacitação Teatral Letras em Movimento, sob a direção de Guilherme Freytas. A última atração será o DJ Romualdo Braga, com o “Som de Arrepiar”. Quem quiser fazer sua caracterização, poderá contar com os alunos de Licenciatura em Teatro do Instituto Federal Fluminense (IFF).