“Dezembro Vermelho”, campanha nacional de conscientização sobre HIV/AIDS, foi tema de palestra na sede da Guarda Civil Municipal (GCM) nesta quarta-feira (20). A iniciativa visa promover agentes multiplicadores para alertar, tanto corporação quanto população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce, tratamento adequado e combate ao estigma e discriminação associados aos soropositivos.
O psicólogo, doutor em saúde coletiva e mestre em saúde pública, Salvador Corrêa, ministrou palestra e respondeu às perguntas dos GCM. O subcomandante, Alex Anselmet, falou sobre a importância em debater temas como esse dentro da corporação.
“Precisamos abordar assuntos como esse para que o agente participante desse dia se torne multiplicador nos equipamentos. É a lei do conhecimento, por isso temos a cada mês trabalhado os temas alusivos ao mesmo, a exemplo do Outubro Rosa, Novembro Azul, entre outros. Procuramos sempre participar de campanhas e palestras junto com outros órgãos para que seja debatido e lembrado por nós, pois é a predisposição do indivíduo em aceitar o outro e suas diferenças”.
O psicólogo falou sobre o imaginário social a respeito das pessoas soropositivas ou as que desenvolveram a AIDS, além do preconceito, que ainda é grande. “O preconceito é construído socialmente e é o que mata as pessoas. É contra esse vírus ideológico que a gente precisa, junto à sociedade, combater. Ações como essa vão, aos poucos, ajudando a transformar esses monstros mentais”, disse o psicólogo, que explicou os avanços da ciência nas formas de prevenção e tratamento, que permitem que portadores do vírus tenham uma vida normal e digna.
ESTATÍSTICA
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em novembro último, o Brasil registrou em 2022 mais de 1 milhão de pessoas com o vírus HIV. Desse total, quase 700 mil pessoas que estão em tratamento possuem carga indetectável do vírus. Outro dado do boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, somente em 2022, houve registro de mais de 16,7 mil casos da infecção. A maior concentração de casos de Aids está entre os jovens, de 25 a 39 anos, com distribuição similar, sendo 52,4% do sexo masculino e 48,4% do sexo feminino.