O gerente de Economia Solidária da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Energia e Inovação, Pedro Barcelos, reuniu-se nesta terça-feira (28) com artesãos de Campos para apresentar o balanço das ações realizadas em 2025 e ouvir propostas para o próximo ciclo de trabalho. O encontro aconteceu no auditório da Rodoviária Roberto Silveira, contando com a participação presencial e virtual de dezenas de representantes do segmento.
Durante a abertura, Pedro Barcelos destacou que, desde janeiro, a equipe conseguiu manter uma agenda ativa, consolidando parcerias com instituições como Sebrae, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto Federal Fluminense (IFF) e com as Secretarias de Estado de Cultura e de Turismo, abrindo oportunidades para que os artesãos de Campos expusessem seus trabalhos no Rio de Janeiro e em outras cidades. O gerente também falou sobre a criação do Cadastro Municipal dos Artesãos, cujo objetivo central é mapear os artesãos de Campos e ouvir suas demandas para traçar políticas públicas voltadas ao setor. Criado este ano, o cadastro já conta com mais de 760 artesãos.
No encontro, foram apresentados resultados obtidos pela secretaria ao longo do ano, como a realização de feiras e oficinas, parcerias com o Espaço do Empreendedor e com empresas do setor privado, além da viabilização de projetos de capacitação e bem-estar para os trabalhadores – como o projeto “Criando Movimento”, que oferece aulas gratuitas de funcional e tai chi chuan, em parceria com a Fundação Municipal de Esportes (FME). Entre as metas para 2026, estão a criação de uma loja virtual do artesanato campista e a ampliação da participação dos artistas locais em feiras estaduais e nacionais.
Os participantes também reforçaram demandas históricas, como a necessidade de barracas padronizadas, espaço fixo para comercialização, calendário permanente de eventos e maior integração entre as secretarias municipais para atendimento aos profissionais de artesanato. A proposta de criação de uma Associação dos Artesãos de Campos foi amplamente apoiada pelos presentes.
Diversos eventos já estão programados para os próximos meses. Em novembro, artesãos participarão do Festival Doces palavras, em parceria com a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). Em dezembro, será disponibilizado espaço para comercialização no Palácio da Cultura, que será entregue à população depois da reforma. No verão 2026, estão previstas oficinas na Tenda Cultural do Farol de São Tomé, espaço para comercialização na Casa de Cultura do Farol e participação em todos os eventos da temporada. Além disso, há negociações para participação dos profissionais em eventos privados.
“A Economia Solidária é uma diretriz estratégica do desenvolvimento econômico e social proposto pelo prefeito Wladimir Garotinho. Quando fortalecemos o artesanato, o cooperativismo e a produção coletiva, estamos gerando renda, estimulando a criatividade e promovendo cidadania”, destacou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Energia e Inovação, Marcelo Neves. “Cada iniciativa nesse sentido reafirma que o crescimento de Campos deve caminhar junto com a valorização das pessoas e das comunidades que produzem com as próprias mãos”.
Encerrando a reunião, a Gerência de Economia Solidária se comprometeu a divulgar relatórios mensais de atividades e a manter um canal aberto de diálogo com o grupo. “A Economia Solidária é uma política pública de inclusão produtiva. Nosso papel é estruturar condições para que o artesão de Campos tenha reconhecimento, espaço e sustentabilidade no seu trabalho”, concluiu Barcelos.