Notícia no detalhe
Escolas de Educação do Campo orientadas sobre adaptação à novas normas federais
Um dos temas centrais foi a adequação das denominações escolares à lei que define critérios para nomear instituições públicas destinadas a populações indígenas, quilombolas e do campo
Uma reunião on-line convocada pela Coordenação de Educação do Campo da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) reuniu representantes de escolas do campo, das águas e das florestas nessa terça-feira (25). O encontro tratou da denominação das escolas, do novo Pronacampo e do referencial curricular, com o propósito de orientar a adaptação às normas federais recentes.
Um dos temas centrais foi a adequação das denominações escolares à Lei nº 15.215 de 18 de setembro de 2025, que define critérios para nomear instituições públicas destinadas a populações indígenas, quilombolas e do campo. Entre as orientações apresentadas esteve a necessidade de que a escolha respeite tradições e lideranças locais, que a proposta de nomes seja discutida em assembleias comunitárias previamente anunciadas e que a lista final de escolha seja composta obrigatoriamente por três sugestões apresentadas pela comunidade. Diego Henrique Nascimento, gerente de Diversidade e Inclusão, esteve presente à reunião e afirmou que “a nomeação deve refletir a história e os valores das comunidades e ser resultado de processos coletivos e transparentes”.
Outro ponto destacado foi o novo Pronacampo, em conformidade com a Portaria MEC n. 538 de 24 de julho de 2025, cuja atualização amplia o reconhecimento das diversidades do campo, das águas e das florestas, incluindo camponeses, agricultores familiares, assentados, extrativistas, pescadores, povos indígenas, quilombolas e demais comunidades tradicionais. A equipe técnica explicou como as mudanças impactam programas, projetos e políticas de apoio à educação desses territórios, propondo alinhamentos entre as ações municipais e as diretrizes federais.
A reunião também aprofundou o referencial curricular da educação do campo, com ênfase em eixos temáticos que articulam organização social e cidadania, identidades e culturas no campo e desenvolvimento territorial sustentável. Foram apresentados exemplos de componentes curriculares adaptados à realidade rural e tradicional, entre eles atividades de oralidade e narrativas comunitárias na língua portuguesa, estudos sobre movimentos sociais e reforma agrária em história, e conteúdos de ciências naturais voltados ao manejo ecológico e à agroecologia. Esses elementos visam conectar saberes escolares e práticas produtivas e culturais locais.
As orientações repassadas às escolas salientaram a necessidade de convocação de assembleias, registro formal das consultas comunitárias e construção de atas que comprovem os procedimentos adotados. Sobre a importância do engajamento, Diego Henrique Nascimento destacou que “a efetividade das mudanças depende da escuta qualificada e da atuação conjunta entre escola, família e comunidade”.
Últimas Notícias adicionadas
GCM ganha quatro filhotes para reforçar Grupamento de Operações com Cães
2Prefeitura de Campos avança na realização do concurso público da Educação
3Servidores municipais registram avanço com aprovação da nova lei do MEI
4Secretaria de Educação divulga Calendário do Ano Letivo de 2026
5GCM inicia penúltima etapa para viabilizar armamento da corporação
6Portaria muda exigências de formação para eleição de diretores de escolas




















