O secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, esteve reunido, nesta terça-feira (23), no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com representantes de outros órgãos municipais para alinhamento e planejamento de ações contra eventos extremos em 2026. Durante o encontro, foram discutidas, entre outras ações, o plano de contingência para desastres, especialmente enchentes. O objetivo é garantir segurança e preparação para riscos climáticos, incluindo ações como vacinação e assistência a desabrigados.
Além da Saúde, o plano de contingência envolverá outras pastas como Defesa Civil; Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia e Secretaria de Assistência Social e Cidadania. Para Hirano, a reunião foi considerada produtiva, garantindo a organização e a pronta intervenção do governo em caso de necessidades emergenciais.
“Reconhecemos que, em nossa região, existe um risco constante de enchentes, com diferentes níveis de vulnerabilidade. No entanto, sentimos maior segurança atualmente, pois a população que antes residia em áreas como nas margens do rio, foi beneficiada por projetos sociais e programas habitacionais, que reduziram significativamente a exposição de muitas famílias. Ainda assim, as mudanças climáticas podem, em determinados momentos, gerar situações de risco. Por isso, a reunião técnica foi fundamental para o planejamento e organização do plano de contingência. O plano visa o acolhimento, proteção e assistência à população, incluindo abrigos e ações de prevenção e combate a doenças transmitidas em situações de enchentes, como leptospirose e hepatites infecciosas, como a A e a E”, pontuou o secretário de Saúde.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, infectologista Rodrigo Carneiro, reiterou dizendo que o planejamento já está em andamento. “O encontro abordou medidas de prevenção e resposta a eventos climáticos extremos, com foco no final de 2025 e início de 2026. Diversas ações foram discutidas, e o planejamento está em andamento para mitigar significativamente o impacto e o sofrimento da população em caso de ocorrências adversas”.
A secretária de Educação, Tânia Alberto, informou que o órgão deve colaborar em situações de emergência, oferecendo escolas como abrigos temporários para famílias afetadas. “As escolas não são projetadas para isso e precisam de adaptações, como melhorias em banheiros e áreas de higiene, para garantir dignidade aos abrigados. Essas adequações são necessárias para atender às necessidades emergenciais”, apontou.
Luana Rodrigues, gerente de Pesquisas e Projetos da Defesa Civil Municipal, destacou que o órgão já tem mapeado os locais que possivelmente podem ocorrer desastres. “O foco é coordenar a abertura dos abrigos para atender populações vulneráveis durante as chuvas intensas, neste período de dezembro a março. A Defesa Civil já tem o mapeamento das áreas de risco, como alagamentos e deslizamentos, para garantir que os abrigos sejam adequados e funcionais”.
VÁRIAS FRENTES ENVOLVIDAS – Em março do ano passado, a Prefeitura, através de suas secretarias, atuou para garantir uma melhor assistência às famílias atingidas pela enchente no município, principalmente em Santo Eduardo, distrito que foi mais acometido pelas fortes chuvas, muito comuns durante o verão.