Notícia no detalhe
Cantor do Congo na Semana da Abolição na Fundação Zumbi
O cantor, historiador e palestrante da República Democrática do Congo, Berdan, foi o destaque na programação da Fundação Municipal Zumbi dos Palmares, na noite desta terça-feira (8). Ele cantou a história dos povos da África e a participação do africano na formação da nação brasileira. A apresentação fez parte da ampla programação que a Fundação elaborou para comemorar a Semana da Abolição da Escravatura, em Campos, um dos municípios de maior população negra do Brasil, atrás de Salvador, capital da Bahia.
Berdan falou para uma platéia eclética, formada por estudantes, professores, líderes comunitários e pessoas simples, que lotaram o auditório da Fundação Zumbi, e saíram mais enriquecidos culturalmente, conforme ressaltou o presidente da Fundação, Jorge Luiz dos Santos. Ele recepcionou Berdan, representando a Prefeita Rosinha Garotinho.
- A Semana da Abolição tem por objetivo celebrar os dias que antecederam a sanção da Lei Áurea pela princesa Isabel, em 13 de maio de 1888, e que teve a participação de importância histórica de Campos, uma vez que a cidade, da mesma forma que Salvador, já tinha os maiores contingentes de negros escravos do Brasil, mas Campos tinha os negros mais destemidos e que se destacavam pelo espírito de liberdade, cuja luta contagiou inclusive, alguns patrões brancos, que se aliaram a líderes do movimento negro, como José do Patrocínio, campista que foi o relator da lei que libertou os escravos – ressaltou Jorge Luiz, na abertura do evento.
Berdan agradeceu a receptividade e elogiou a valorização dos afrodescendentes pelo atual governo municipal. Durante o evento, o congolês cantou músicas em diversos dialetos africanos, em francês e também em português, que apregoam a paz entre os povos, a tolerância e a consciência de que todos são iguais diante do criador. Aberto a perguntas, ele ensinou o que faz para enfrentar as manifestações de racismo que sofreu nos diversos países por onde já viveu e visita para palestras.
- Eu não me sinto ofendido e por isso, não sofro. Quando sinto manifestação de racismo, me comporto com naturalidade, porque penso: essa pessoa não sabe. Ela não sabe que seu corpo é igual ao de todos da espécie humana, e que se ela tivesse nascido abaixo da linha do Equador teria a cor da pele igual à minha. Então, ela não conhece seu próprio corpo nem conhece o criador, que ensina que devemos amar ao próximo como a nós mesmos. Assim, eu não me aborreço e ainda tento, na medida do possível, fazer alguma coisa de boa para ela - ensinou Berdan, que durante as apresentações, intermediou música, dança e palestra, e foi muito aplaudido.
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