Notícia no detalhe
Atleta cego é exemplo de superação no Judô em Campos
O Judô é um esporte de contato físico, com pegadas e movimentos rápidos precisos e, por isso, é importante o sentido da visão. Mas a falta dela, não é motivo para impedir que Salvador Alves Junior, 31, pratique o Judô na Fundação Municipal Zumbi dos Palmares (FMZP).
Salvador não se importa com o fato de treinar num ambiente onde todos os demais alunos enxerguem, saibam distinguir as cores das faixas indicativas das categorias e tenham noção exata da distância do adversário. Na prática, Salvador enxerga e percebe com os ouvidos. Para entrar no tatame, identificar onde está o professor e ir até ele para o cumprimento, basta ser chamado pelo nome que o ouvido o guia.
Logo que começou a praticar Judô na Fundação Zumbi, Salvador pediu que não tivesse tratamento diferenciado. O professor entendeu e os colegas foram orientados a permitir o espaço, num bom exemplo de respeito e de inclusão social. Mas a demonstração de superação de Salvador é maior do que se possa imaginar:
– Não pratico Judô apenas por praticar, meu objetivo é um dia lutar. Eu pratico o judô, porque é uma atividade física que é parte da minha vida, disse o atleta, durante a rápida, mas descontraída, entrevista, momentos antes de sua aula na FMZP, que ensina a crianças e adolescentes gratuitamente, num dos programas de inclusão social da Prefeitura de Campos.
Quando questionado sobre a deficiência visual, o judoca relata sem ressentimentos que a cegueira é conseqüência de erro médico, e foi adquirida quando ainda lutava pela sobrevivência nos primeiros dias de vida numa incubadora de hospital. O exemplo de superação de Salvador impressiona, principalmente, ser for levado em conta que teve que lutar muito para convencer seus familiares que era capaz de praticar artes marciais. Ele provou isso há alguns anos, quando praticou Capoeira e também Kick Boxing, ambos considerados demasiadamente perigosos por sua família, em função da agilidade dos movimentos de pernas, que no caso do Kick Boxing é considerado mais perigoso ainda devido aos chutes rápidos e violentos.
A determinação e espírito de luta de Salvador faz ele vencer as dificuldades do dia a dia impostas pela cegueira. O fato de morar distante da FMZP e nem as limitações impedem Salvador de participar das aulas de Judô. Ele mora no Parque Cidade Luz e depende que o irmão ou a cunhada, que tem suas ocupações, o leve até ao local das aulas.
– Mas apesar da distância e de precisar da boa vontade da minha irmã e do meu cunhado para me trazer aqui, sempre que existe a possibilidade venho às aulas pela manhã e à noite”, relatou Salvador, sem esconder a vontade de entrar no salão para as aulas no tatame.
Professor desenvolve treinamento adaptado (Leia aqui)
Judô: uma arte marcial para todos (Leia aqui)
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