Duzentas e trinta e uma pessoas com deficiência são atendidas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). De acordo com a coordenadora, Gerlane Gonçalves de Oliveira, o repasse que a Prefeitura de Campos destina à entidade é fundamental para a execução dos programas e o cumprimento das atividades realizadas no local.
Atualmente existem três programas fixos na Apae, realizados com o auxílio municipal. A Estimulação Precoce, destinada às crianças de zero 6 anos; a Habilitação e Reabilitação, que atende crianças de 7 anos em diante e o programa semiprofissionalizante Em Busca de Aprender Saber Fazer, onde 50 atendidos de 14 a 21 anos aprendem uma profissão e saem da entidades prontos para o mercado de trabalho
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Foram montadas dentro da entidade, uma padaria, uma fábrica de picolés e salgados e uma fábrica de fraldas, com instrutores que auxiliam no manuseio dos equipamentos, além de ensinar como se comportar dentro de uma empresa. Na Apae também existem as oficinas pedagógicas, com aulas de educação física, teatro, capoeira, dança, artesanato, pintura em tecido, pintura em tela, decupagem, atletismo, entre outras. As oficinas são abertas para todos os assistidos.
A Apae também atende crianças e adolescentes matriculados no ensino regular, através do Atendimento Educacional Especializado (AEE), com reforço escolar. Segundo Gerlane, nestes casos, o atendimento da entidade é realizado em contraturno, quando esses alunos não estão na escola. Em outros casos, os assistidos ficam em horário integral na instituição. A Apae oferece ainda, ambulatório, com fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.
Todos estes programas são realizados com o Fundo Municipal de Assistência Social, Fundo Municipal da Infância e Adolescência, além de parcerias com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes e outros órgãos da Prefeitura de Campos. O assistido Leonardo Ressiglier Rangel, 34 anos, está há 12 na Apae. Hoje, ele está noivo de outra assistida e vai fazer uma entrevista de emprego em uma das empresas parceiras da entidade.
De acordo com Leonardo, sua vida mudou para melhor, desde que conheceu a Apae. “Tudo que tem aqui é muito bom. Além de aprender muita coisa, a gente ainda se diverte. Gosto muito de ficar aqui”, contou.
A psicóloga Merilane Lopes Barreto, que atua na entidade há quase 20 anos, disse que não há restrição de idade na Apae. Portanto, a partir do momento que as pessoas realizam a matrícula, existem atividades diversas que se adaptam às faixas etárias e às particularidades de cada assistido.
- Nosso objetivo é atender todos aqueles que precisam da nossa ajuda e a Prefeitura de Campos é indispensável para que nós continuemos realizando este trabalho bonito no município – afirmou a psicóloga.