A partir do novo organograma da administração pública direta e indireta de Campos, definido no ano passado, a Fundação Municipal da Infância e da Juventude (FMIJ) vem reordenando todos os seus serviços dentro das diretrizes do Sistema Único da Assistência Social (SUAS). Atualmente, a Fundação atende milhares de crianças e adolescentes de zero e 18 anos incompletos, em situação de vulnerabilidade ou risco social.
A FMIJ desenvolve ações e programas que vão desde a inclusão social, buscando a prevenção de riscos e danos, à ressocialização, para atendimento aos que já sofreram violação de direitos: desde a Proteção Social Básica à Proteção Social Especial de Alta Complexidade. Entre os programas e projetos, o presidente da FMIJ, Thiago Ferrugem, destacou alguns.
- Temos o Desafio, para identificação e combate ao trabalho infantil; a Casa da Juventude, com ações para definição dos territórios da violência no município e promoção da cidadania dos jovens desses territórios; os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, com núcleos em diversos bairros; a Guarda Mirim, o FortaleSer, para crianças e adolescentes vítimas de violência sexual; o Qualifica Jovem, para preparar e qualificar jovens para o mercado de trabalho e o empreendedorismo; além dos núcleos de acolhimento, voltados para crianças que tiveram os vínculos familiares rompidos e são encaminhadas para a adoção”, adiantou Thiago.
O presidente da FMIJ detalhou cada programa e anunciou a criação de um novo serviço. “O trabalho infantil é uma questão histórica em Campos e o Desafio atua nessa frente, buscando prevenir a exploração da mão de obra de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos. Temos um núcleo funcionando na Fundação; uma espécie de filial da FMIJ no Parque Prazeres, em obras; outros núcleos na Aldeia, em Guandu e em Travessão. Hoje disponibilizamos 720 vagas para ações culturais e esportivas, educação social para a vida e atividades lúdicas. O Desafio funciona no contraturno escolar e a intenção é ampliar o programa”, disse.
Os Centros de Vivência e Aprendizagem (CVAs) foram absorvidos pelos atuais Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFVs). “Basicamente uma mudança de nomenclatura, para atender às normas assistenciais. Nos núcleos, são desenvolvidas atividades socioculturais e esportivas, no contraturno da escola e com acompanhamento da frequência escolar”, informa Thiago.
- Nos SCFVs é feito o acompanhamento das crianças e das famílias, com o direcionamento pela rede socioassistencial do município, para o atendimento que necessitam. Por exemplo, se a criança apresenta rendimento escolar baixo por problemas com um pai alcoólatra – ela recebe o apoio pedagógico e psicológico, o pai também é direcionado para acompanhamento adequado. Buscamos desenvolver ações em conjunto com outras secretarias, como a da Família e Assistência Social e a de Educação, Cultura e Esportes, para atividades complementares, a fim de cobrir todos os territórios, e para que não haja interposição de ações - ressaltou o presidente da FMIJ.