Notícia no detalhe
Golpe de 64: a história do Brasil contada por um combatente
Foram décadas de reflexão até que chegasse ao ponto em que fosse capaz de escrever mais que um relato, mais que informação e, sim, memórias que tivessem o papel de fazer as pessoas refletirem. E foi somente em outubro do ano passado que o jornalista e escritor Cid Benjamin, depois de apenas três meses de dedicação ao livro, lançou “Gracias a la Vida".
– Memórias de um Militante” (Ed. José Olympio, 292 páginas). Na obra, ele conta os bastidores do episódio do sequestro do embaixador estadunidense Charles Burke Elbrick, em 1969. Cid seria o mentor da ação, ao lado de militantes que lutaram contra o regime militar, como os jornalistas Franklin Martins e Fernando Gabeira. Cid autografou o livro, que já está na segunda edição, na noite desta sexta-feira (23), na 8a Bienal do Livro de Campos, depois de conversar com a plateia que lotou o Espaço Café Literário para ouvir um dos mais atuantes combatentes da ditadura brasileira.
Cid foi entrevistado por Paulo Markun, jornalista e escritor, autor de oito documentários e 12 livros, que fez carreira em muitas das principais emissoras de tv do país.
Militante da luta armada, fundador do PT nos anos 80, após voltar do exílio, Cid Benjamin, hoje no Psol, lembrou o contexto histórico do sequestro do embaixador. “Não era como os sequestros de hoje, cometidos por criminosos. Fizemos o sequestro para livrar 15 presos políticos que estavam sendo torturados e para conseguirmos divulgar na imprensa um manifesto contra a ditadura. Conseguimos as duas coisas”.
Depois ele foi para a luta armada, chegou a ficar por 20 dias e foi solto porque seu nome constava em lista de outros 39 que deveriam ser soltos em troca da liberdade de outro embaixador sequestrado, um alemão. Viveu no México, Cuba, Chile e Suécia e retornou ao Brasil no ano da anistia, em 1979. Uma década antes era uma das principais lideranças contra o golpe de 1964, que viveu todo o horror do pós AI 5.
- A ditadura é sempre lembrada pelo lado da barbaridade, da maldade, torturas, assassinatos, e de fato a história tem que contar isso. Mas devemos também observar sob o ponto de vista da interrupção do processo de reformas iniciado por João Goulart, como a reforma agrária e a tributária, que até hoje não foram feitas. Não fosse o golpe, o Brasil seria hoje um país muito diferente - disse.
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