Produzir alimentos com alta rentabilidade nas áreas de preservação permanente ou nas áreas de preservação ambiental, por meio do cultivo sustentável de agroflorestas, com plantações de palmeiras de Açaí, palmeiras pupunha (que dão frutos e palmito), e também frutíferas, como maracujá, bananeiras, seriguela, manga ou outras espécies nativas, como a seringueira.
Estas e outras informações foram repassadas neste sábado (12) por técnicos da Superintendência de Agricultura e Pecuária de Campos e de órgãos do governo do Estado e do governo federal, durante o Dia de Campo, evento para pequenos produtores rurais e agricultores familiares da localidade de Aleluia e do Assentamento Santo Amaro, na localidade de mesmo nome, no distrito de Morangaba, região da Serra do Imbé.
O evento, promovido pela Prefeitura, foi realizado por técnicos da Superintendência de Agricultura de Campos, em parceria com a Empresa de Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Diante de realidades distintas no setor petróleo (que está em crise e fez cair os valores dos royalties) e no setor rural (que apresenta vocação e potencialidades para o desenvolvimento), a Prefeitura de Campos implementa ações, através de parcerias com universidades, instituições de pesquisas e entidades do setor rural para fomentar o desenvolvimento de diversas atividades no campo, como horticultura, avicultura, piscicultura, suinocultura e pecuária de leite.
- Em função da legislação, que exige do produtor rural a recomposição de até 25% da área com vegetação de floresta, até o limite de 20% da propriedade, dentre outras situações, estamos incentivando os pequenos produtores e agricultores familiares a otimizarem suas áreas, com a diversificação de culturas com produtividade, que pode ser tornar realidade com força de vontade, determinação e assistência técnica que estamos disponibilizando com as instituições parceiras, para mudar a realidade produtiva com tecnologia”, destacou o superintendente Eduardo Crespo, que levou para o evento, mudas de qualidade de açaí, pupunha e maracujá.
Plantio simbólico - As mudas das palmeiras de açaí chumbinho e pupunha foram plantadas na propriedade do agricultor familiar, Deilton Terra Ribeiro, num ato simbólico para marcar o início do Projeto de Agroflorestas.
Participaram do ato, ao lado do superintendente Eduardo Crespo, pequenos produtores rurais, técnicos e engenheiros agrônomos, Osvaldo Cortes, Robson Vieira, Lívia Mayehofer (agrônoma do Senar), e do extensionista da Emater, Márcio Lessa, especialista do Programa de Proteção de Nascentes, do Programa Rio Rural, da Secretaria de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro. Eles ensinaram que é importante, por exemplo, consorciar o cultivo de frutas, como pinha, laranja e limão nas áreas próximas da agrofloresta, inclusive o milho, em meio à plantação de palmeiras de açaí, por seis meses.