Crianças, adolescentes e jovens em situação de risco social, assistidos pela Fundação Municipal da Infância e da Juventude, que são alunos de Jiu Jitsu da Superintendência da Igualdade Racial, conquistaram para Campos medalhas de ouro, prata e bronze no Campeonato Mundial de Jiu Jitsu. O evento foi realizado neste final de semana na cidade de Niterói.
A delegação de Campos foi composta por 19 atletas que disputaram com outros de alto rendimento de diversos estados do Brasil, como Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Roraima, dentre outros, e também de outros países, como Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Ao final, os atletas de Campos conquistaram 11 medalhas, sendo sete de ouro, três de prata e uma de bronze.
Além de fazer bonito conquistando medalhas, os atletas também receberam elogios dos organizadores do Campeonato Mundial e dos chefes das demais delegações por um fator exemplar: a unidade dos atletas, que coordenados pelo professor Ricardo Rocha Gomes; pela psicóloga voluntária, Maria Renata Reis; pelo aluno e auxiliar técnico, Jonathan Santana, 33 anos, mantiveram o mesmo clima de família que prevalece nos tatames da Superintendência da Igualdade Racial.
Jonathan é faixa azul, campeão brasileiro em maio, quando conquistou medalha de ouro. Neste final de semana, Jonathan foi para a final com um atleta argentino e conquistou o título de vice-campeão mundial, na categoria meio pesado, e trouxe para Campos a medalha de prata.
Indagado sobre qual o segredo do grupo conquistar tantas medalhas em tão pouco tempo no Jiu Jitsu (tem uma aluna que iniciou na modalidade há apenas pouco mais de três meses e conquistou medalha), o professor Ricardo Rocha foi pragmático.
- Ensinamos nossos alunos a prezar os valores que devem permear a família. Temos o apoio da psicóloga Maria Renata, que tem uma participação importante no trabalho que fazemos para incutir a dedicação, a disciplina, o empenho e o respeito ao próximo. Tem sido muito importante a aproximação que fazemos com os pais, que reconhecem a importância do esporte para o desenvolvimento dos filhos e se empenham no incentivo. Não foi à toa que o ambiente familiar e a união foram os destaques das nossas equipes em todas as categorias - ressaltou o professor Ricardo Rocha.
Um dos exemplos da dedicação dos alunos de Jiu Jitsu da Superintendência de Igualdade Racial é a atleta Débora Rodrigues, 22 anos. Ela ainda está na faixa branca, mas ao competir na categoria peso pena, conquistou medalha de bronze e não esconde a satisfação e seus planos.
- Comecei no Jiu Jitsu sem muitas pretensões. Mas apesar de estar tão pouco tempo, posso dizer que a Fundação Municipal da Infância e da Juventude e a Superintendência de Igualdade Racial foram muito importantes em mudar meu estilo de vida. Já me sinto uma atleta e pretendo chegar longe, conquistando títulos para minha família e para nossa cidade - revela Débora Rodrigues.