A Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social está realizando visitas domiciliares às famílias cadastradas no Programa Cheque Cidadão Municipal. As visitas fazem parte da segunda etapa do recadastramento do programa social e têm o objetivo de fazer a avaliação socioeconômica das famílias cadastradas antes de junho de 2016, garantindo assim que receba o benefício, quem tem o perfil. Ao todo, cerca de 65 assistentes sociais estão realizando as visitas em territórios dos 13 Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
As assistentes sociais Inês Calanca e Elaine Jardim, coordenadora do Cras do Jardim Carioca, visitaram várias famílias nesta sexta-feira (27). Entre elas a de Margarida Soares Barbosa de Azeredo, 58 anos. Há cerca de um ano, ela sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e não pode continuar trabalhando porque ficou com sequelas, como a limitação dos movimentos do lado esquerdo e grande parte da visão. Margarida, que trabalhava como empregada doméstica, vem fazendo fisioterapia e acompanhamento médico para reverter o quadro.
“Eu moro com meu marido, que faz uns biscates. Minha filha teve que vir do Rio para ficar comigo porque não tenho condições de fazer as coisas em casa. O cheque ajuda na nossa alimentação”, informa a beneficiária, que faz fisioterapia e está fazendo acompanhamento médico no Hospital Geral de Guarus (HGG).
Outra família visitada foi a de Marivânia Ferreira, 50 anos. Ela mora com o marido, dois filhos de 13 e 15 anos e uma neta, de 7 meses. Atualmente, a família vive com um salário mínimo que o marido recebe. “Meu filho toma remédio caro e o cheque ajuda a comprar alimentos”, disse a dona de casa.
As visitas acontecem de segunda a sexta-feira, sendo necessário que alguma pessoa da família esteja em casa para informar sobre a situação da família. “Nós fazemos duas visitas, quando não encontramos ninguém em casa na primeira vez. Se não conseguimos, o benefício é suspenso e a pessoa tem que procurar o programa de Proteção Social Básica ou o Cras para que uma nova visita seja feita. As visitas são fundamentais para fazermos a avaliação socioeconômica”, explica Inês.
Encaminhamentos para cursos e atividades esportivas - Ao fazer visitas domiciliares na segunda etapa do recadastramento do programa, as assistentes sociais também orientam cada família a buscar o Cras para encaminhamento em cursos e atividades, oferecidas pela prefeitura, através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV).
Andréia Silva da Conceição, 41 anos, mora com os sete filhos, no Jardim Carioca. Depois que ficou viúva, em 2004, teve que criar os filhos sozinha e, para isso, vem contando com a pensão do marido, que era taxista, e com programas sociais.
“Orientamos para que ela procure o Cras para que possamos encaminhar tanto ela como os filhos maiores para os cursos, como o de Padaria Escola, do Programa de Inclusão Produtiva, e a filha Vitória, de 7 anos, para atividades esportivas na Vila Olímpica do bairro, por exemplo”, informa Elaine Jardim.
Marilza da Silva, 46 anos, mora com a filha de 22 anos e recebeu a visita das assistentes sociais esta semana. Ela falou sobre a importância das visitas domiciliares na lisura do programa. “É importante para que a prefeitura veja quem realmente precisa a necessidade de cada família”, diz a beneficiária.
Quem tem direito - Estão aptas ao programa de transferência de renda famílias em situação de vulnerabilidade, inscritas no Cadastro Único (CAD-Único) do governo federal; com renda familiar per capita de até um terço do salário mínimo, que more no município há dois anos e estejam referenciadas no Cras. Das 12.954 famílias incluídas no programa, antes de junho de 2016, cerca de 12.229 procuraram os Cras, aos quais são referenciados, para atualizarem seus dados.