A superintendência dos Direitos do Idoso iniciou na última semana, em parceria com alunos do curso de educação física do Isecensa, mais um dos programas da rede de proteção social para o envelhecimento ativo e saudável. O projeto consta de uma sessão de testes cognitivos e físicos com 40 idosos do Clube da Memória da Casa de Convivência do Parque Tamandaré, antigo Clube da Terceira Idade, que não praticam atividades físicas. Durante os testes será avaliado o efeito da extensão da técnica de otimização e atividade cerebral associada a atividades físicas.
De acordo com o coordenador de Educação Física do IseCensa e doutor em Saúde Mental pelo instituto de psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Calomeni, o exercício físico auxilia na oxigenação do cérebro, que por consequência, melhora a atividade cerebral.
— Nosso objetivo é melhorar a atividade cognitiva por meio de um tratamento mental para conseguirmos retardar o processo de instalação da demência. Quanto mais esse processo for freado, mas controlaremos a evolução de doenças como o alzheimer. Queremos proporcionar aos idosos da Casa de Convivência uma oportunidade de lutar por uma melhor condição de vida — conta Maurício Calomeni.
No total serão aplicados quatro testes, que vão avaliar a capacidade funcional e a fragilidade cognitiva e mental dos idosos. A partir destes testes a equipe traçará um perfil e aplicará, posteriormente, atividades físicas associadas com a atividade cognitiva. Os testes serão reaplicados a cada 30 dias para que a equipe acompanhe a evolução dos idosos.
O primeiro teste avaliou o estado mental do idoso por meio de um questionário. O segundo vai verificar a velocidade do processamento mental e é chamado de ação e reação. Essa etapa é feita no computador, onde o idoso precisa reagir a estímulos. O terceiro módulo avalia a memória. O idoso precisa armazenar dígitos e depois repetí-los na mesma ordem apresentada. A última fase será o teste de autonomia funcional, que simula movimentos cotidianos como sentar e levantar de cadeiras e caminhar pela casa.
Segundo a superintendente dos Direitos do Idoso, Heloisa Landim, os testes também serão aplicados em idosos que praticam atividades físicas, para que os resultados sejam comparados. Segundo ela, os indicadores científicos são baseados nos preceitos da Organização das Nações Unidas (ONU), que é o envelhecimento ativo e saudável.
— Nossa linha de trabalho tem como objetivo seguir os preceitos da ONU, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos idosos e isso é conquistado no dia a dia. Criamos também um grupo de estudos com os técnicos para buscar mais caminhos para proporcionar um envelhecimento saudável a população de idosos — disse Landim.
Para a psicóloga Feliciana Azeredo, o trabalho tem extrema importância já que através dos testes a equipe estará avaliando o desenvolvimento cognitivo dos idosos. “Após esses testes serão analisadas as intervenções poderão ser feitas na Casa de Convivência para melhorar a qualidade de vida e a saúde do idoso. Estamos no caminho certo. Nosso idoso tem a oportunidade única de ser avaliado gratuitamente por profissionais capacitados que estarão sempre acompanhando esses resultados”.