Nos dois primeiros meses do ano de 2017, o Grupamento Ambiental (GAM), da Guarda Civil Municipal, acumulou 125 solicitações atendidas na cidade de Campos, 22 a mais do que no mesmo período do ano passado. Foram 42 animais silvestres resgatados. Entre eles, gambás, corujas e cágados, mas a quantidade de jiboias é o que mais chama a atenção devido a um aumento significativo em relação aos últimos anos — em 2017, já foram 15 resgates.
Além dos resgates, o GAM executou a soltura dos animais na natureza. Entre eles, os pássaros tiziu e canário da terra, além de jiboias, cágados, gambás e uma aranha caranguejeira. O Grupamento também fez a apreensão de materiais como redes, tarrafas e lonas, num total de 67 itens.
De acordo com o comandante do GAM, Sávio Tatagiba, o número de resgates é alto, mas o que mais chama a atenção neste ano é a quantidade de Jiboias resgatadas.
— O grande diferencial esse ano tem sido o grande número de cobras jiboias resgatadas. Já são 15 em menos de três meses, quando resgatamos em média 25 durante todo o ano. O município é uma região natural de ocorrências dessas espécies, e com os novos loteamentos que vem surgindo na região, juntamente com a maior consciência ambiental da população, o número de ocorrências aumenta — explica Sávio Tatagiba.
Novo espaço - O grupamento está de mudança do Ceasa para a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), segundo Tatagiba. Junto às novas instalações vem um novo número de telefone, que será mais um facilitador para a população falar com a Guarda Ambiental quando um animal silvestre for encontrado. O número 153 continua funcionando normalmente 24h por dia e o novo número, para falar diretamente com o GAM, é 2748-6225 e funciona de 8h às 18h.
— A população pode ligar para o 153 e falar com a Guarda. Eles nos passam a demanda imediatamente por rádio. Ainda assim, tem quem goste de falar diretamente com a Guarda Ambiental, isso também é possível, através do novo número — informa Tatagiba.
Macacos - Neste ano, a preocupação quanto aos riscos de contaminação com febre amarela se estendeu em Campos depois que macacos foram encontrados mortos na região rural. Sávio Tatagiba ressalta que não se deve criar pânico contra os macacos.
— O alerta que faço é para que a população não mate os macacos. Eles não transmitem o vírus da febre amarela. O transmissor é o mosquito. Eu costumo dizer que o macaco é um anjo da guarda, um sentinela. Quando um macaco aparece morto, toda a atenção se volta para ele, a causa da morte será investigada e se for mesmo febre amarela, as devidas medidas serão tomadas. É importante lembrar que o macaco não transmite e não se torna um reservatório da doença, ele não incubará o vírus — explica Tatagiba.