Representante de ONG francesa busca parceria para agricultura orgânica

A secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico recebeu nesta terça-feira (4), a visita de um representante da ONG francesa AMAR, interessado em identificar parceiros para o desenvolvimento de projetos na área de agricultura orgânica, envolvendo núcleos familiares. A proposta, segundo o subsecretário Mario Sergio Cardoso, é apresentar aos franceses, o trabalho realizado nos núcleos de assentamentos em Campos. A AMAR atua em projetos que produzam efeitos benéficos ao meio ambiente ou à vida de pequenos agricultores. O superintendente de Agricultura e Pecuária, Nildo Cardoso, acompanhou a visita.

 

— Um dos grandes desafios hoje é garantia da segurança alimentar. E considerando que a agricultura familiar é responsável pelo abastecimento de mais de 60% do país e o grande crescimento da agricultura orgânica, temos que aproveitar e buscar formas de agregar valor à produção de nossos agricultores, ao mesmo tempo em que incentivamos hábitos alimentares saudáveis — destacou Mario Sergio.

 

Joaquim Valim, representante da ONG francesa, com a qual desenvolveu parceria quando era secretário municipal de Agricultura de Pinheiral, no Sul do estado, disse que o trabalho em Campos seria um desafio. “A ONG AMAR atua no Brasil há mais de 20 anos, sempre com projetos envolvendo agricultura orgânica, mas em escala menor. Pelas informações que temos, o trabalho aqui seria bem maior”, afirmou, referindo-se ao potencial interesse de implantar o projeto em diversos assentamentos rurais.

 

Segundo Mario Sergio, a proposta é que seja repassado aos integrantes AMAR, o potencial do trabalho a ser desenvolvido em Campos.  “A ideia é utilizar como exemplo experiências da região francesa da Bretanha, onde se concentram as principais atividades agrícolas do país”, adiantou.

 

“Nos últimos anos têm ocorrido intercâmbios de 15 a 20 dias de agricultores franceses e brasileiros, com resultados bastante positivos. Poderíamos fazer o mesmo com o pessoal aqui de Campos. Hoje, só as atividades na área da informática crescem em um nível superior ao da agricultura orgânica”, finalizou Joaquim Valim.