Superintendentes na reunião do comitê de acompanhamento da dragagem de canal

A primeira reunião ordinária do comitê de acompanhamento da dragagem de aprofundamento do canal de acesso ao Porto do Açu, empreendimento localizado no município de São João da Barra, em uma área limítrofe com Campos, foi realizada nesta terça-feira (04). A superintendência da Pesca e Aquicultura representou a prefeitura de Campos no encontro em que representantes da Porto do Açu Operações, subsidiária da Prumo Logística, empresa que administra e desenvolve o porto, repassaram informações detalhadas sobre a obra. 

O superintendente de Pesca e Aquicultura de Campos, José Roberto Pessanha, ressaltou que, durante a reunião, foram repassadas informações mais detalhadas dos procedimentos, ações e implicações da obra, em especial, naquilo que é relacionado ao segmento pesqueiro. 

— Pudemos fazer nossas observações e apresentar sugestões, além de participar de rico debate com os representantes dos pescadores, secretários dos municípios e pessoal técnico das empresas envolvidas no processo. Fizemos o convite para o envolvimento do comitê, nas tratativas sobre o complexo Farol/Barra do Furado. Também foi feito informe das necessidades emergenciais de dragagens na Barra do Canal das Flechas e na Foz do Rio Paraíba em Atafona — destacou Betinho.

Para o superintendente adjunto José Armando Barreto, o Porto do Açu é um grande empreendimento, e sua importância socioeconômica, influências e implicações devem ser um diálogo regional. 

— Esta dragagem é um obra realmente impressionante por sua dimensão e volume de material (sedimento) deslocado.  A partir dos próximos encontros, vamos levar para o diálogo dentro do comitê a necessidade de se encarar a pesca, como já acontece em todo o mundo, como atividade do segmento industrial, que, precisa aqui, na nossa região,  receber atenção, planejamento estratégico e investimentos.  Não podemos deixar de lado,  em momento algum,  a necessidade de mesmo diante de toda ação e influência antrópica,  se preservar as condições ambientais ideais, que propiciem o  trabalho dos pescadores artesanais e o desenvolvimento social e bem estar em suas comunidades tradicionais, localizadas no entorno ou na área de influência do Complexo Portuário do Açu - esclareceu  o superintendente adjunto,  José Armando Barreto.

O empreendimento - De acordo com as informações da empresa, quando finalizada, esta obra será considerada uma das maiores obras de dragagem das Américas, com investimentos de aproximadamente R$ 700 milhões. A previsão é de que seja concluída em outubro de 2017.  Serão utilizadas dragas Hopper, embarcações usualmente envolvidas em serviços de dragagem no Brasil, especialmente nas obras de aprofundamento de canais de acesso a infraestrutura portuária. Todo o material dragado será acondicionado em uma área em alto mar, que assim como a dragagem já tem o licenciamento ambiental concedido.