Estão à venda no Teatro de Bolso Procópio Ferreira (TB) os ingressos para o espetáculo poético-musical “Pessoas”, de Adriano Moura. Com poesias do poeta português Fernando Pessoa, o evento será apresentado na próxima sexta-feira (26), sábado (27) e domingo (28), sempre às 20h. As entradas saem à R$ R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Os interessados em adquirir seus ingressos podem ir ao teatro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h30, pela entrada lateral na rua Dr. Gesteira Passos, 11, no Centro.
Para dar vida à poesia de Pessoa sobem ao palco Adriano Moura, Matheus Nicolau, Renato Arpoador e Tim Carvalho. Com 27 poesias, o espetáculo apresenta o poeta conhecido pela diversidade de estilos e personalidades existentes em seus heterônimos. Entre as poesias escolhidas estão “Poema em Linha Reta” e “Aniversário”, entre outras — recitadas e cantadas ao som de blues, jazz, rock e até baião. Na base instrumental das canções estão o violão, a percussão (Cajón, pandeiro, chocalho), a gaita e a escaleta. Na equipe técnica, o musical conta com Vitor Mineiro no som e Fabrício Simões na iluminação.
— A seleção dos poemas obedeceu a critério temático. Nós dividimos o espetáculo em uma parte com poemas que tratam de Portugal, outra parte em que Fernando Pessoa fala da própria condição de poeta, uma com poemas de tema lírico amoroso e outra com poemas voltados para a crista social. O encadeamento é resultado de uma pesquisa que fizemos em 2015, tentando verificar quais poemas tinham condições de desencadear a música e poemas que funcionassem teatralmente. O espetáculo não é um recital, os poemas são interpretados com marcações e elementos cênicos para tirar o tom convencional da recitação — explica Adriano Moura, diretor do espetáculo.
Sucesso experimentado em outras apresentações, “Pessoas” foi encenado no último ano no palco do teatro Sesi-Campos, enquanto o Teatro de Bolso estava de portas fechadas. Agora, Adriano Moura ressalta o valor desta casa estar novamente de portas abertas.
— O que fez o Teatro de Bolso ficar fechado por quase três anos foi incompetência e descaso. Mais um espaço aberto para circulação de espetáculos é uma forma de contribuir para a humanização dos cidadãos, para formar uma cidade com pessoas com a mente muito mais aberta ao estranho. Eu digo “estranho” porque a arte sempre apresenta o que não faz parte do nosso cotidiano, da nossa reflexão. Além de ser um espaço de espetáculo, a reabertura do teatro nos propicia ter também mais um espaço de reflexão, de amadurecimento estético, amadurecimento cultural — diz Moura.
O Teatro de Bolso ficou fechado por três anos sob a alegação de falta de demanda. O espaço reabriu suas portas em 27 de março deste ano com o Festival de Esquetes organizado pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos do Estado do Rio de Janeiro (Sated) e que, pela primeira vez, teve o apoio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). No mês de maio, o cantor Brenno abriu a programação Cultural do Teatro com o sucesso do show “Relação — a Calma e a Fúria”. No último final de semana, a 1ª Mostra Cultura de Dança lotou o TB e para fechar o mês de maio, “Pessoas” sobe ao palco.