Valorizar a sensibilidade e o olhar que cada estudante tem do local onde vive. Esse é o objetivo da I Exposição de Fotografias das Escolas Municipais, uma seleção de fotos feitas pelos alunos da rede que foi aberta na tarde desta quinta-feira (9) no Museu Histórico de Campos. Ao todo, participam 60 imagens, selecionadas entre 138 fotos produzidas por estudantes de 14 escolas. A abertura contou com a presença de autoridades, profissionais de fotografia, professores e alunos. A mostra é realizada pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (Smece).
Na ocasião, foi eleita a melhor foto da mostra. Os jurados usaram como critérios a qualidade técnica, a criatividade e a boa utilização do tema “Meu Olhar sobre Campos”. Intitulada “O Caminho”, a imagem escolhida retrata uma estrada de terra no distrito de Dores de Macabu com um fusca por ela trafegando. A autora, a estudante da E.M. Paulo Freire Izabella Barcelos Chagas, 11 anos, ganhou um curso de fotografia com o fotógrafo Diomarcelo Pessanha.
— Esse projeto é muito importante por dar voz àquilo que nossos alunos têm de mais subjetivo. Quero que nossos estudantes vejam em nós, da secretaria de Educação, e nos professores incentivadores para toda manifestação artística que eles utilizem para se expressar. Explorem novas formas de arte, pois ela transforma o mundo em um local mais confortável — destaca o secretário de Educação Rafael Damasceno.
A exposição acontece até o dia 30 deste mês e faz parte do projeto “Meu Olhar Sobre Campos”, que propôs aos estudantes o uso da fotografia para registrar paisagens e o cotidiano do bairro e/ou do município. O projeto é realizado pela secretaria municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece), através da coordenação de Ciências Humanas. A exposição conta com o apoio da superintendência de Comunicação.
— Ficamos encantados com o resultado. Ele não seria possível se os professores não abraçassem o projeto e os alunos não se empenhassem nele. Essa união é muito importante para reconstruirmos nossa história. É muito interessante ver a sensibilidade dos nossos estudantes e a inspiração que cada um teve, que vai muito além do que imaginamos quando vemos a imagem. Por isso a necessidade de valorizarmos esse olhar e trabalharmos com eles a noção de pertencimento — frisa Cristiane Rabelo, coordenadora de História da Smece.
Para a coordenadora de Geografia da Smece, Aline Peixoto, um dos papéis mais importantes do projeto foi fazer com que o estudante valorizasse mais a cidade e o bairro onde vive. Foi o que aconteceu com Gustavo Carvalho, aluno do 9o ano da E.M. Amaro Prata Tavares. Morador de Lagoa de Cima, o aluno teve duas de suas fotos selecionadas para a exposição.
— Eu passei a dar mais valor à Lagoa de Cima quando parei para tirar fotos de lá. Meus colegas de escola as vezes zombam de mim por eu morar longe e por lá não ter tanto o que fazer quanto no Centro, mas percebi que é um local bonito e que eu tenho o privilégio de poder ter ao meu alcance sempre — enalteceu.
Participaram do júri: o secretário de Educação, Rafael Damasceno; a coordenadora de Ensino Fundamental II da Smece, Débora Matos; Os fotógrafos Wellington Rangel, Silvana Rust e Rafael Peixoto; e as jornalistas Eliane Buchaul e Renata Lourenço.