Professores da EJA municipal participam de capacitação

Professores, pedagogos e gestores que atuam na Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal de ensino se reuniram na tarde destra terça-feira (27), no auditório do Museu Histórico de Campos, para a primeira capacitação do ano, promovida pela secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Smece). O encontro, intitulado “Batendo um papo” sobre a EJA, contou com palestras, debates sobre as peculiaridades da EJA e de seus alunos, além de um depoimento de uma ex-aluna de EJA que hoje é doutoranda.

A professora da rede e doutoranda pela UENF Cristiane Barcelos dissertou sobre “Metodologia e Estratégias na EJA”; Logo depois, foi a vez da professora e mestre em Educação Ana Lúcia Tavares falar sobre “Mudanças da base Nacional Comum Curricular 2017”.

Com uma trajetória de superação e conquistas, Elizângela Rosa contou um pouco da sua história de vida, servindo de inspiração para os educadores. “Eu queria dizer que foi graças a professores como vocês, que acreditaram nos seus estudantes, que hoje faço doutorado. Parei de estudar aos 11 anos, fui babá, só pude concluir meu ensino médio já adulta, depois de casar e perder meu primeiro filho. Foi a EJA que me fez suportar este momento difícil e chegar até aqui”, frisou.

Para a coordenadora do EJA na Smece, Amanda Passalini, são exemplos como este que fazem com que os educadores tenham cada dia mais motivação. “Se conseguirmos levar um ao Ensino Médio, um à faculdade, ou até a um doutorado saberemos que cumprimos um pouco do nosso papel. A formação de professores para a EJA é essencial para que haja uma educação de qualidade, pois somente desta maneira o educador será capaz de elaborar didáticas que resultem bons desempenhos em sala de aula, garantindo a permanência desses alunos na escola. Mostrando-os a importância de continuar seus estudos, a fim de que se tornem cidadãos críticos e reflexivos para que possam interagir de forma participativa na sociedade”, ressalta.

Sobre as peculiaridades dos alunos da EJA os educadores debateram questões como: motivos que os fazem ir à e escola ou deixá-la; O que procuram? As dificuldades que encontram; De que forma é feito o acolhimento do aluno e qual trabalho precisa ser feito para combater à evasão.