Pela primeira vez, Coppam tem serviço de disque-denúncia
O serviço funciona de segunda a sexta, de 8h às 17h. A iniciativa, inédita, tem o objetivo de dar ao cidadão campista, meios de denunciar irregularidades cometidas contra prédios históricos.
Pensando no patrimônio arquitetônico e cultural do município como bem e responsabilidade de todos, o Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam) criou um disque-denúncia, o (22) 98182 3883. A iniciativa, inédita, tem o objetivo de dar ao cidadão campista, meios de denunciar irregularidades cometidas contra prédios históricos. O serviço funciona de segunda a sexta, de 8h às 17h.
Da Vila de São Salvador, no século XVII até a elevação à categoria de cidade em 28 de março de 1835, a história de Campos confunde-se com a história do país. Primeira cidade da América Latina a ter energia elétrica, local de implantação da primeira livraria do Brasil, ainda em atividade; cenário onde foi ambientado o romance A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães e terra que deu vida ao coronel-lobisomem, Ponciano de Azevedo Furtado, de José Cândido de Carvalho, um dos únicos personagens fictícios a dar nome a uma rua, que por acaso é endereço da Prefeitura, a planície Goitacá respira história e cultura nacional.
A presidente do Coppam e da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Cristina Lima, ressalta que toda essa riqueza cultural deixa evidente a necessidade de políticas públicas de preservação e também o sentimento de pertencimento da população em cuidar das próprias referências ao longo da história.
“Entendo que é necessário haver uma sensibilização da comunidade quanto à preservação desses prédios, além de estabelecer a diferença entre o que é histórico, o que é cultural e o que é antigo. Nem sempre o que é antigo tem valor histórico, como por exemplo, vemos obras mais novas com mais valor afetivo, moral e histórico”, frisou Cristina Lima.
Para Cristina, a criação do disque-denúncia inaugura uma nova fase da política de preservação do patrimônio em Campos.
“É um recurso que não existia, passou a ter, dando início a uma nova fase na política pública de preservação do patrimônio histórico, arquitetônico e cultural, além de proporcionar o exercício da cidadania”, finalizou a presidente.