A primeira mesa de debate da 10ª Bienal do Livro de Campos ofereceu uma grande aula de história sobre o ilustre campista, ex-presidente da República e patrono desta edição do evento, Nilo Peçanha na noite desta terça-feira (20). Mediada pela historiadora e escritora Sylvia Paes, a mesa teve como debatedores o pesquisador Genilson Soares, o historiador Rosselini Reis, o professor maçom Helvimar Carneiro e o professor de história Hélio Coelho. Confira a programação completa da Bienal neste link (
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Para iniciar a mesa, Sylvia ressaltou a programação do sesquicentenário de Nilo Peçanha, encerrada no último 2 de outubro, realizada através de parcerias pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). No Dia da Consciência Negra, a mediadora também comentou o fato do ex-presidente ser dito “mulato”, enquanto seus retratos pintados apresentam um homem de pele clara.
- Nilo Peçanha se tornou presidente em 1909 e a abolição da escravidão foi em 1888. É um intervalo de tempo muito curto. Então, nas imagens retratadas, ele aparece com a pele mais clara do que era. Hoje, temos como herança os feitos deste grande presidente, com um legado enorme. Quanto mais nos debruçamos a estudar sobre Nilo Peçanha, mais percebemos que foi um dos maiores estadistas deste país - disse Sylvia.
Entre os feitos de Nilo Peçanha comentados esteve à redação da Ata da Abolição em Campos, a redação da Constituinte de 1890 e a criação das Escolas de Aprendizes e Artífices, atualmente IFF, onde todos se reuniram. A biografia de Nilo foi comentada por Genilson Soares, a política “Nilista” explicada por Rosselini, a atuação maçônica de Nilo Peçanha comentada por Helvimar e o professor Hélio Coelho fez uma ampla análise sobre o pensar diferenciado de político, com sua participação na construção da República, questionamentos à mesma, desconstrução do modelo oligárquico da época e “redenção da educação”.
O evento - A solenidade contou com três momentos. Iniciada com a apresentação do Coral Municipal da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, a noite ainda contou com o lançamento oficial da revista Nilo Peçanha em Quadrinhos de Rubens Matos do Couto e grande equipe. A produção terá distribuição gratuita nas escolas públicas da cidade e foi patrocinada por lojas maçônicas campistas.
Realização da 10ª Bienal do Livro de Campos
A programação da Bienal foi elaborada por uma comissão da FCJOL e pelo Sesc. A realização da feira literária novamente no IFF, como em sua primeira edição, traz uma economia de R$ 1,3 milhão em estrutura para a Prefeitura de Campos. A Bienal tem patrocínio da concessionária Águas do Paraíba e Realiza Construtora e conta também com o apoio do Boulevard Shopping e Instituto Federal Fluminense (IFF).
Realizações na Cultura
Além das atrações nacionalmente conhecidas, a 10ª Bienal do Livro de Campos segue valorizando os artistas e autores de Campos e região. Desde o seu início, o governo do prefeito Rafael Diniz traz realizações para o setor, como a reabertura do Teatro de Bolso, que mantém uma vasta programação de espetáculos para a população.