Um espetáculo lítero-musical unindo músicos da ONG Orquestrando a Vida, atores da capacitação do projeto “Letras em Movimento” e a obra de literatura infantil “As aventuras musicais de Aipim – O aprendiz de Violino”, foi intensamente aplaudido no terceiro dia da 10ª Bienal do Livro de Campos. A apresentação foi na Concha Acústica do Instituto Federal Fluminense (IFF-Centro), como parte do lançamento do livro de Keeyth Vianna. Confira a programação completa da Bienal neste link (
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— Durante minha pesquisa na Orquestrando a Vida para o mestrado na UniRio, onde também me formei bacharel em violino, senti dificuldade de encontrar obras brasileiras abordando o ensino do violino e retratando o folclore do nosso país. Por outro lado, havia muitos títulos de autores estrangeiros. Daí surgiu a ideia do livro para crianças de cinco anos, mostrando o encontro de um indiozinho com o violino — explica a mestre em Ensino das Práticas Musicais e violinista da Orquestra Nacional.
Na apresentação, um “recorte” de meia hora da história do livro em que um “arqueiro” idoso de uma floresta encantada segue o conselho de uma coruja “preocupada” com a sucessão do velho músico, o único violinista, o indiozinho Aipim é apresentado ao violino. Com o velho, ele aprende a manusear o instrumento, entoando velhas cantigas de roda, acompanhados pela “bicharada” e personagens do folclore brasileiro. Em uma perfeita interação, crianças acompanhadas dos pais participaram da roda de dança. O espetáculo agradou em cheio.
— É muito bom vermos o surgimento de talentos na literatura infantil do país, ainda mais vindo da nossa Campos, berço de grandes escritores. É um grande orgulho — avalia a educadora Laura Souza. “A preocupação com o mágico mundo infantil, na tentativa de preservar esse universo nos dias de hoje, é muito importante”, opina a universitária Juliane Mendes.
Logo após o espetáculo, durante o lançamento do livro e assinatura de autógrafos, na tenda da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Keeyth destacou a luta para manter o projeto como concebido.
— Era muita gente sugerindo apenas um e-book, mas bati o pé que queria o livro físico, impresso. Ele é todo em preto e branco, para que as crianças possam colorir enquanto assimilam a história. E está sendo muito bom ver a aceitação nas visitas que tenho feito para lançamento em todos os estados, com a adoção por professores para seus alunos e também a indicação de universidades em seus trabalhos acadêmicos. Tem sido tudo muito gratificante — conclui a violinista-escritora.