A tradução rápida não é de difícil entendimento: o termo fake news é notícia falsa, sem dúvidas para interpretações contrárias. Para tratar dessa questão, que vem tomando proporções grandiosas no mundo, a 10ª Bienal do Livro de Campos recebeu a mesa Fake News: Mentiras Verdadeiras, nesta sexta-feira (23), no Auditório Cristina Bastos. O debate contou com a mediação do jornalista Ocinei Trindade e as participações dos também jornalistas Artur Xéxeo, Cláudia Eleonora e Aluysio Abreu Barbosa e o coreógrafo Wagner Schwartz. A Bienal segue até domingo (25), no Instituto Federal Fluminense (IFF). Confira a programação da maior feira literária do Norte Fluminense (
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A separação do assunto da internet é praticamente impossível. Por isso, o assunto foi comentado por todos os participantes. "É sempre importante verificar a fonte, checar as informações. É um compromisso, um dever", conta Ocinei.
Aluysio Abreu Barbosa usou informações sobre o uso das redes sociais nas eleições para presidente deste ano, sobre os assuntos mais compartilhados entre eleitores. "A internet vem ganhando um espaço muito grande nas campanhas nos últimos anos. Destaco que a grande virada foi em 2008, quando Obama venceu as eleições para presidente dos Estados Unidos. Foi a primeira vez que uma campanha desenvolvida na internet, através de blogs, e não na mídia impressa tradicional".
Na outra ponta da mesa, Wagner Schwartz, que foi alvo de um linchamento virtual no ano passado em São Paulo, fez um relato sobre os problemas que enfrentou. Após o caso, ele lutou contra a depressão e atualmente mora na França.
- O meu maior medo é com as pessoas que espalham essas mentiras, através de mensagens. Por isso, tome cuidado com quem você ataca. Na verdade, atacar já é um problema. É muito rápido, é uma ação seguida de reação - relata o coreógrafo, que também é escritor. "A Bienal de Campos tomou uma decisão de criar debate para ouvir os diversos lados. É um caminho de reflexão, que deve ser elogiado".
Realização da 10ª Bienal do Livro de Campos
A programação da Bienal foi elaborada por uma comissão da FCJOL e pelo Sesc. A realização da feira literária novamente no IFF, como em sua primeira edição, traz uma economia de R$ 1,3 milhão em estrutura para a Prefeitura de Campos. A Bienal tem patrocínio da concessionária Águas do Paraíba e Realiza Construtora e conta também com o apoio do Boulevard Shopping e Instituto Federal Fluminense (IFF). O patrono é Nilo Peçanha, que foi presidente do Brasil em 1909 e 1910.
Realizações na Cultura
Além das atrações nacionalmente conhecidas, a 10ª Bienal do Livro de Campos segue valorizando os artistas e autores de Campos e região. Desde o seu início, o governo do prefeito Rafael Diniz traz realizações para o setor, como a reabertura do Teatro de Bolso, que mantém uma vasta programação de espetáculos para a população.