A Defesa Civil Municipal participou na manhã desta sexta-feira (7) de coletiva de imprensa convocada por membros da comissão de engenharia e condôminos do Edifício Vollare, para divulgar as ações realizadas até agora para escoramento da estrutura do prédio e diagnóstico das causas do esmagamento de uma das colunas registrado em 25 de novembro. Na ocasião, o local foi interditado pela Defesa Civil. Atualmente, os proprietários têm a liberação parcial e controlada para entrar nos apartamentos apenas durante o dia. A casa vizinha ao prédio também continua interditada.
Segundo os engenheiros contratados pelos moradores para realizar as intervenções emergenciais de escoramento e também o diagnóstico de toda a estrutura, a previsão é que os estudos devem ser entregues entre um e dois meses. A partir daí, será avaliada com base no laudo dos especialistas a data de retorno das 28 famílias, como corroborou na coletiva o coordenador da Defesa Civil, Major Edison Pessanha.
— A desinterdição e o retorno dos moradores do edifício serão liberados somente após o laudo de diagnóstico das causas e as outras intervenções emergenciais que ainda serão realizadas pelo Corpo Técnico contratado pelos moradores. A mesma situação vale para a casa vizinha, que segue também interditada — disse o Coordenador.
O prédio, no entanto não apresenta risco iminente por estar estabilizado com as intervenções realizadas. “A interdição continua para que as equipes técnicas possam fazer o monitoramento adequado”, citou Edison.
Um dos membros do Corpo Técnico contratado, o engenheiro Alexandre Fontes explicou que o escoramento da área perto da coluna havia sido finalizado no dia 14, onze dias antes do evento que resultou na interdição.
— As últimas fissuras que assustaram os moradores apareceram em 22 de outubro. Fomos chamados para fazer um estudo e vimos a urgência do escoramento provisório emergencial, o que depois se mostrou ter sido feito no tempo certo. Agora reforçamos ainda mais o escoramento e iniciamos esta nova fase de estudo de diagnóstico e de outras intervenções — declarou.
O também engenheiro e professor da Uenf, Paulo Maia enfatizou que qualquer prazo dado não será definitivo, uma vez que a análise estrutural será do prédio por completo.
— Depois do evento do dia 25, novos elementos de reforço foram realizados e conseguimos estabilizar o edifício. O problema é bastante complexo, mas podemos afirmar neste momento que descartamos duas hipóteses, a de problemas de fundação e de danos causado pela construção de um outro prédio vizinho — explicou Paulo.
Membro do conselho dos condôminos criado para acompanhar o caso, o médico Jair Araújo explicou que os moradores vão aguardar a liberação final dos engenheiros e a chancela da Defesa Civil para o retorno.
— Queremos que nossos lares no final das intervenções sejam os mais seguros da cidade e, por isso, estamos em sintonia total com o corpo técnico que contratamos e com a Defesa Civil para que apenas no momento que eles quiserem nós possamos voltar para o edifício. Enquanto isso, podemos entrar somente durante o dia, em quantidade controlada, para pegar pertences ou algo do tipo — comentou o morador.