O Projeto Paraesporte de Campos — o maior projeto público esportivo do país voltado para pessoas com deficiência — registrou esse ano 100 novos inscritos, chegando a 1 mil atendidos pela Fundação Municipal de Esportes (FME). Nesta semana, o projeto completa dois anos, mas já acumula várias conquistas, como: desenvolvimento, autoestima, inclusão social e conquista de títulos intermunicipais, interestadual e até medalhas de prata (
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Entre os alunos novos, estão as irmãs Gabriela e Camila da Silva Toledo, 25 e 22 anos respectivamente, deficientes visuais e que fazem judô, dança e natação. “Minhas filhas nasceram com visão, foram alfabetizadas e aos 10 anos, começaram perder a visão. No inicio conseguimos pagar aulas de ballet e natação para elas, mas a crise econômica chegou e ficou difícil. Até que procurei o Paraesporte e eles aceitaram as minhas filhas com o maior carinho. Os profissionais são excelentes e tem praticamente um atendimento individual para as meninas, que precisam ter a confiança para desenvolver a atividade”, explicou a professora aposentada Silvia Marcia Faria Toledo. Ela e o marido Áureo Rodrigues aproveitaram o tempo das meninas no Paraesporte e se matricularam para pilates e natação na Fundação.
Além, da sede da Fundação, o Paraesporte é oferecido em instituições parceiras como: Apae, Apape, Apoe, e Educandário São José Operário. São oferecidas aulas de iniciação desportiva, natação, bocha, ginástica rítmica, futebol, futsal, vôlei de praia, dança, atletismo. As inscrições podem ser feitas, de segunda a sexta-feira, na sede da Fundação Municipal de Esportes, na Rua dos Goytacazes, das 8h às 17h. No ato da matrícula, os responsáveis devem apresentar cópia do documento de identidade do aluno e do responsável, comprovante de residência, declaração da escola, duas fotos 3x4 e atestado e laudo médico.
— É muito gratificante e motivo de orgulho acompanhar o desenvolvimento dos alunos com deficiência, que, há quase dois anos, tiveram a oportunidade de serem inseridos na sociedade, por meio de uma política de inclusão social, defendida pelo prefeito Rafael Diniz — disse o presidente da FME e Embaixador das Olimpíadas Especiais no Brasil, Raphael Thuin.
Claudinete Gomes da Silva Pessanha matriculou a filha Caroline da Silva Pessanha, 34, na natação e dança do Paraesporte. “Caroline estuda na Apoe e, antigamente, fazia atividade física, mas acabou deixando. Ela está ansiosa para o início das aulas”, explicou a mãe, logo após a inscrição. Vitoria Luiza Batista carvalho, 9 anos, está há duas semanas na natação e não falta uma aula. “Nossa expectativa é positiva em relação ao desenvolvimento da Vitória, que é autista. O projeto é maravilhoso e conta com uma equipe comprometida, o que nos deixa como pais mais tranquilos para deixar nossos filhos”, frisou a professora Rafaela Batista Carvalho.
O coordenador do Paraepsorte, Fábio Coboski, destaca que são visíveis os resultados no projeto na vida dos atletas do projeto. "Trabalhamos a inclusão social, por meio do esporte e, nesses dois anos, são muitas conquistas não só nas competições, mas no desenvolvimento de cada um deles: autonomia e autoestima. Ouvíamos relatos de depressão. Hoje, autonomia, felicidade", frisou Coboski.