O secretário de Educação, Cultura e Esporte, Brand Arenari, reuniu em seu gabinete nesta terça-feira (10) os estudantes da rede municipal autores de dois projetos vencedores da última Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro (FECTI). A pesquisa “Levantamento da qualidade da água das residências dos alunos” feita pelos estudantes da E.M. José do Patrocínio ficou em primeiro lugar na categoria Ensino Fundamental II e o experimento “Robótica na Junk Art, inspirado em Leonardo Da Vinci”, dos alunos da E.M. Dr. Luiz Sobral, ficou em terceiro na mesma categoria da maior feira do estado. Mais de 50 municípios participaram do evento.
— Este resultado é fruto de um trabalho que estamos realizando desde o início da nossa gestão, com a reforma de escolas, reabertura de laboratórios e o Programa Municipal de Incentivo à Ciência: O Viva Ciência na Escola. Nós queremos que nossas escolas públicas sejam melhores que as particulares e podemos afirmar que em Ciências atingimos este patamar. Nossa luta é que outras áreas também consigam. Por isso, trabalhamos com firmeza, clareza e políticas públicas sérias para transformar a educação — destacou Brand.
O projeto vencedor faz parte do Programa Viva Ciência na Escola. A iniciativa da Prefeitura de Campos oferece uma bolsa de R$ 120,00 mensais aos três alunos, além de uma taxa única de bancada de mil reais destinada ao professor orientador na manutenção e melhoria das atividades necessárias ao desenvolvimento do conhecimento científico.
A pesquisa dos estudantes da E. M. José do Patrocínio consiste em coleta semanal de amostras de água nas casas dos alunos, todos moradores da Penha, para serem analisadas no laboratório da escola. Em três meses, mais de 40 casas já tinham sido visitadas. O projeto é realizado pelos estudantes Kassiany Alves, Allex Lima e Izabele Franco, orientados pela professora do Laboratório de Ciências Erlise Sanches.
— Foi a primeira vez que a gente participou da feira estadual e vencemos! É uma experiência incrível que a gente vai levar pra vida. Foi inesperado, mas ter esse reconhecimento é maravilhoso. Agora queremos continuar o projeto e expandir para outros bairros — enfatizou Kassiany Alves.
A professora Erlise acredita que o fato de a escola ter passado por reforma há pouco tempo e ter um bom laboratório ajudou os alunos. “Eles ficam mais motivados, pesquisam com seriedade. Dá gosto de ver e incentivar”.
O projeto da E.M. Dr. Luiz Sobral foi desenvolvido pelos estudantes Abner Chagas, Caique Dias e Cristian Fernandes, orientados pela professora de laboratório Cristiane Fernandes. Segundo a professora, a ideia inicial era elaborar um projeto para a feira municipal de Ciências, dentro do tema proposto: Desenvolvimento Sustentável. “Com isso, resolvemos somar a iniciação em robótica com o descarte correto do lixo e a arte. Estamos muito felizes com o resultado, pois mostra que uma escola municipal pode alcançar um bom desempenho”, frisa.
Todos os estudantes vencedores, de ambas as unidades, estão no 9º ano do Ensino Fundamental, ou seja, no último ano atendido pela rede municipal. Um sentimento comum a todos é o pesar de deixar a escola. “Cresci muito na minha escola. Lá eu descobri o que quero fazer na minha vida, que é mecânica”, confessou Cristian que, assim como seus colegas Abner e Caique, quer continuar a desenvolver o projeto.
— Conseguimos um resultado inédito, fruto de muita garra, competência e entusiasmo dos nossos alunos e professores, assim como incentivo à Ciência por parte da Secretaria de Educação. Nas aulas de laboratório, colocamos o estudante como protagonista do seu conhecimento. É uma felicidade celebrar esta conquista com eles e vê-los praticando e vivenciando a Ciência, fora da sala de aula, sendo agentes ativos no processo de construção do conhecimento — destacou Carla Salles, coordenadora de Ciências, da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece).