Abrigo Provisório desenvolve oficinas para População em Situação de Rua
A intersetorialidade da rede socioassistencial com a política de saúde mental inclui, ainda, capacitação para os funcionários do abrigo
A Prefeitura de Campos, através da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS) e a Secretaria Municipal de Saúde, está desenvolvendo atividades intersetoriais para os usuários do Abrigo Provisório para a População em Situação de Rua, que funciona no Hospital Manoel Cartucho. De acordo com a secretária Pryscila Marins, trata-se de oficinas com temas variados oferecidas às segundas, terças e quartas, sempre as 10h, com objetivo de promover a saúde física e mental dos assistidos.
- Às segundas, oferecemos oficinas de música/leitura visando à construção de uma perspectiva de vida e, sobretudo, a inclusão social. É realizada pela equipe técnica do Centro Pop e pela pedagoga da Gerência de Saúde Mental. Às terças, temos oficina do autocuidado, que pretende promover educação continuada referente à assistência em saúde. Conta com apoio de técnico de enfermagem e de profissionais da saúde mental. Já às quartas-feiras, eles participam de oficina do corpo e movimento, com objetivo de trabalhar a saúde mental através de atividades físicas, com orientação de um educador físico e da coordenação da Unidade de Acolhimento Infanto-juvenil (UAI) - afirmou Pryscila.
A diretora do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE), Anne Caroline Cardoso, explicou que a intersetorialidade da rede socioassistencial com a política de saúde mental inclui, ainda, capacitação para os funcionários do abrigo. "Muitos dos nossos usuários são atendidos pelos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial). Acreditamos que o trabalho intersetorial, a política de redução de danos e o acompanhamento especializado realizado pela assistência social convergem para o projeto de saída das ruas", ponderou Anne.
Segundo a gerente de Saúde Mental, Elisa Peralva, a parceria garante a ampliação do trabalho já realizado pelos CAPS do município. "Nosso objetivo é, junto à equipe do Centro Pop, ofertar espaços de escuta e propor atividades terapêuticas, entendo a peculiaridade da vivência do isolamento social para a vida dessas pessoas. Estaremos ofertando um cuidado fundamental neste momento de exceção para aqueles que vivem a vulnerabilidade social como condição de vida", explicou.