Aconteceu na manhã desta segunda-feira (28) a 16ª reunião do Gabinete de Crise e Combate à Covid-19. Na ocasião foram apresentados os parâmetros técnicos e científicos que colocaram Campos na Fase Verde do Plano de Retomada das Atividades Sociais e Econômicas, índice alcançado na semana passada e que permitiu flexibilizar algumas atividades, e também a retomada das discussões para o retorno seguro dos eventos na cidade que será feita através da Comissão Interinstitucional. Atualmente, estão permitidos eventos, como batizados, aniversários e casamentos, sendo permitida a presença de até 100 pessoas. Com o novo decreto, que será publicado nesta segunda-feira (28), serão permitidas 200 pessoas.
A reunião virtual foi conduzida pelo subsecretário de Saúde, Paulo Hirano, acompanhado do secretário de Saúde e presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Adelsir Barreto, do subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde, Charbell Kury, e o chefe de gabinete da Procuradoria Geral, Leonam Rodrigues. Um novo decreto será publicado ainda hoje mantendo as flexibilizações da semana passada e suas alterações que já passam a vigorar nesta terça-feira (29).
Entre os fatores que levaram Campos à Fase Verde estão a queda dos indiciadores: número de casos, de óbitos, internações de leitos de UTI e clínicos e fila de espera, além do fator predição de infecção, cujos dados analisados indicam que ainda haverá registros de casos na cidade, mas nenhuma grande explosão epidêmica. “O mais importante não é a classificação de cor, mas o tempo que passamos nela e a velocidade com que a gente toma as decisões e faz as mudanças necessárias”, ressaltou Charbell, pontuando que a única cidade a usar o indicador de fila de espera é Campos, o que torna os dados mais sensíveis.
Para Charbell, a fila de espera funciona como um freio maior na mudança de fases, mostrando que não vale apena flexibilizar as atividades, enquanto houver gente esperando vaga de CTI e assim vem sendo realizada no município. “A fila real está zerada. O que temos é a fila do dia, com um ou dois pacientes, mas que são regulados no mesmo dia”, completou.
O subsecretário Paulo Hirano destacou que, desde fevereiro, ontem foi o primeiro dia em que Campos não registrou nenhum óbito por Covid-19. “Isso é um grande avanço”, declarou, acrescentando que “hoje o levantamento aponta 62% de ocupação dos leitos UTI, tendo 37% dos leitos disponíveis e clínica médica tem 48,7% ocupados e 51,3% disponível, e nenhum paciente na fila de espera”.
“O sucesso de tudo isso está ligado ao protocolo que estamos estabelecendo e seguindo com rigor e o maior deles é a aceleração da vacinação como vem sendo realizada de forma célere e estamos buscando uma grande abrangência da população, cujos resultados tem colocado Campos numa fase mais tranquila da pandemia, mas isso só vai continuar se a população continuar comprometida. Não podemos nos descuidar, pois como já temos dito aqui, o vírus é uma arma e o descuido aperta o gatilho. Temos que estar vigilantes”, disse Adelsir Barretos.
Festas clandestinas – Durante a reunião, Charbell falou sobre as festas clandestinas que tem ocorrido na cidade, com registro de 30 a 40 festas por final de semana, o que mantém o município ainda na fase verde. Para solucionar o problema será criada a Comissão Interinstitucional para o retorno seguro dos grandes eventos. A convocação para a primeira reunião, prevista para essa semana, será publicada no Diário Oficial do Município.
“A despeito de todos esses eventos clandestinos ainda estamos na fase verde e, por isso, vamos mudar a nossa abordagem enquanto município. Temos conversado com o ramo empresarial, já liberamos, na Fase Verde, o show com mais componentes e, se perceberem já estamos fazendo esse trabalho para que esses eventos ocorram de forma legal. E agora, vamos reorganizar o processo de fiscalização e, se possível, retomar os eventos dentro de um processo sanitário, com limitação, e etc”, ponderou Charbell.
PRÓXIMOS PASSOS – As medidas de mitigação estão mantidas. O município vai acelerar ainda mais vacinação que já atingiu mais de 50% da população adulta, manter a testagem e atendimento descentralizado, e continua vigilância de variante que é feita em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).