O prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho, e a deputada federal Clarissa Garotinho (PROS/RJ) participaram de uma audiência com a diretoria da Petrobras, nesta quinta-feira (15/07), quando pediram a permanência da estatal no Heliporto do Farol de São Thomé. O atual contrato de operação vai até março de 2022, e, recentemente, foi lançado um edital para escolha das empresas de transporte offshore de passageiros que atuarão a partir de então. Ao fim do encontro, representantes da petrolífera garantiram que a intenção é de a prestação do serviço ser mantida.
“Essa é uma preocupação constante minha à frente da Prefeitura. Sempre aparecem notícias de que a Petrobras vai sair do Farol de São Thomé. Isso traria um impacto muito ruim para a região, do ponto de vista econômico, mas também social. Aquela localidade da Praia do Farol vive 50% de pesca e 50% do heliporto. Só para se ter uma ideia, estamos falando de cerca de 600 empregos diretos e da sobrevivência de hotéis e pousadas”, disse Wladimir, durante a reunião, que aconteceu, presencialmente, na sede da estatal no Rio de Janeiro, e também por videoconferência.
O encontro foi agendado por Clarissa Garotinho, a pedido da Prefeitura de Campos. Além de Wladimir e da deputada federal, participaram, por parte do município, o secretário de Governo de Campos, Juninho Virgílio, e Thiago Ferrugem, assessor parlamentar da deputada. Do lado da Petrobras, estiveram presentes o gerente executivo de Relacionamento Externo, Pedro Brancante; o gerente de Inteligência e Integração de Relacionamento Institucional, Gustavo Cotrim; e a gerente de Relacionamento com o Poder Público Estadual e Municipal, Caroline Vollu.
“É muito importante que a gente tenha a garantia da permanência, para que toda uma cadeia produtiva já estabelecida na região não seja prejudicada. A Petrobras tem uma parceria com o município desde 1994 nesse heliporto, uma parceria que dá certo. Fora que o Heliporto do Farol de São Thomé é financeiramente mais viável para a operação offshore da Bacia de Campos do que outras opções”, disse Clarissa Garotinho, após a audiência.
Atualmente, no Norte Fluminense, participam dessa prestação de serviço à Petrobras o aeroporto localizado em Macaé e o Heliporto do Farol, onde estão baseadas dez aeronaves, sendo sete delas de grande porte e três de médio porte. Para a nova licitação que a estatal está abrindo, já existem cinco empresas de transporte aéreo pré-qualificadas para apresentação, no dia 16 de agosto, de propostas de operação offshore. O edital prevê os serviços de afretamento aéreo (locação), transporte de passageiros e fornecimento de combustível. Os atuais contratos terminam em fevereiro de 2022.
A Petrobras administra, desde 1994, o Heliporto do Farol de São Thomé, instalado numa área de 180 mil metros quadrados. À época, ela obteve uma permissão de uso de bem público pelo prazo de 20 anos, após um compromisso feito, com a Prefeitura de Campos, de construção de uma unidade que serviria de base para o transporte offshore na a Bacia de Campos. O município arcou com as despesas das desapropriações no local. Em 2018, a estatal tentou prorrogar por mais dez anos o termo de permissão de uso, mas não houve um entendimento com a gestão municipal.