O prefeito Wladimir Garotinho recebeu, nesta sexta-feira (20), a deputada estadual Renata Souza, presidente de Comissão Especial de Enfrentamento à Miséria e à Extrema Pobreza e vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A reunião, em que foram tratados temas como rede social de atendimento e proteção à mulher e habitação para pessoas em situação de vulnerabilidade, contou com a primeira-dama de Campos, Tassiana Oliveira; o secretário municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho; vice-prefeito Frederico Paes; o secretário de Saúde, Aldesir Barreto; e a subsecretária de Políticas para Mulheres, Josiane Viana.
A deputada veio conhecer o trabalho realizado pelo município e levantar questões que podem ser agilizadas por meio de parcerias com a Alerj e o Governo do Estado, além das que podem ser levadas a deputados federais do Psol, para possíveis emendas parlamentares. “Vivemos uma polarização política, mas o tempo é de crise humanitária, onde todos precisam de vacina, precisam de comida, precisam de casa. A Comissão veio pelo mapa da pobreza, que foi acirrada com a pandemia, ver de que forma pode contribuir com as políticas municipais de atenção aos que vivem em situação de risco", frisou Renata.
Na área de políticas para a mulher, a deputada recebeu informações sobre os serviços e programas desenvolvidos pelo município, com destaque para equipamentos como a Casa Benta Pereira, uma das três unidades do estado que assistentes mulheres em situação de violação de direitos e vítimas de violência. Também foi lembrado o convênio firmado com o governo estadual, que vai assegurar a instalação, em Campos, de um Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam).
A Saúde da Mulher também foi destacada pelo vice-prefeito, que citou, como exemplo, a maternidade do Hospital Plantadores de Cana (HPC), referência em Campos e região. “Somente em UTI Neonatal, no governo Rosinha, houve uma ampliação do serviço que, de 10 leitos, passou a contar com os atuais 50. O HPC é a segunda maior maternidade do país em parto normal, com uma média de 450 por mês. Ainda temos, no hospital, o parto humanizado, o Banco de Leite e desenvolvemos, em Campos, o programa federal Rede Cegonha”, ressaltou Frederico Paes.
Habitação - Entre os temas indicados para parcerias está o Conjunto Habitacional Novo Horizonte, em Guarus, do programa do Governo Federal Minha Casa, Minha Vida, cuja implantação foi definida no governo Rosinha Garotinho, mas teve os beneficiários cadastrados pela gestão passada e acabou sendo ocupado por pessoas que, embora sem moradia, não foram inscritos no programa para serem beneficiadas.
“Realizamos encontros com pessoas e representantes do movimento, mas o problema é que temos uma situação complexa: de um lado as pessoas que seriam beneficiadas com a casa no conjunto, que foram cadastradas pela Caixa, e, de outro, as que ocuparam os imóveis e não têm onde morar. Oferecemos Aluguel Social às que apresentam perfil socioeconômico, mas não quiseram sair da casa. Além disso, no cruzamento de dados da lista que nos foi apresentada, verificamos que há pessoas sem o perfil para serem beneficiadas, como algumas que já ganharam casa por meio de programas de habitação", explicou Rodrigo Carvalho.
Uma solução para a questão já está em andamento junto ao governo estadual, conforme destacou o prefeito Wladimir Garotinho, que cumprirá agenda relacionada ao tema habitação, na próxima semana, com o secretário de Estado de Infraestrutura e Obras, Max Lemos. Ao prefeito, Renata Souza explicou que a Comissão vai auxiliar tanto junto Estado, apontando as demandas do município, como buscando apoio na Câmara dos Deputados e intermediando a negociação com os ocupantes de Novo Horizonte, que tem cerca de 700 casas.
A deputada do Psol se compromete com a questão. “Não duvido do esforço empenhado pelo prefeito Wladimir para resolver a situação, mas vamos contribuir com esse diálogo, na feitura da listagem dos que precisam e têm perfil para serem beneficiados", declarou a deputada.
O prefeito lembrou que no governo Rosinha foram construídas cerca de 9 mil casas para pessoas em situação de vulnerabilidade. “Nada é mais significativo para uma pessoa do que ter a casa própria. Temos conjuntos habitacionais que não puderam ser concluídos quando minha mãe foi prefeita, mas que têm toda a infraestrutura de água, esgoto, pavimentação, casas quase prontas. Existe a demanda por casas e estamos buscando soluções para atender os que precisam de moradia”, concluiu o prefeito.