Campos será polo de produção de Carne Baixo Carbono, pecuária de corte sustentável que, por meio de manejo adequado de pastagens e boas práticas agropecuárias, além de agregar mais valor e rentabilidade à atividade, beneficia o meio ambiente ao reduzir a emissão de gases do efeito estufa e assegura condições de criação com foco no bem-estar animal. A informação foi passada ao prefeito Wladimir Garotinho pelo deputado federal Christino Áureo, nesta quinta-feira (16), em reunião que contou com a participação da superintendente federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Rio de Janeiro, Stella Romanos; a subsecretária estadual de Saúde, Deisy Oliveira; o vice-prefeito Frederico Paes; o secretário e o subsecretário municipais de Agricultura, Pecuária e Pesca, Almy Júnior e Alberto Moffati, respectivamente.
“O deputado veio tratar das emendas parlamentares que vem direcionando ao município de Campos, a maioria para a aquisição de máquinas agrícolas, que a prefeitura não tem, e, hoje, trouxe essa importante notícia. Campos foi escolhido para ser o segundo município brasileiro a desenvolver uma pecuária sustentável, sendo o outro polo em Mato Grosso do Sul. Com isso, conseguimos ir reafirmando a importância do setor agrícola para o nosso município e Campos volta a ser destaque no cenário nacional”, contou o prefeito, lembrando que, entre as principais propostas do seu governo, está o incremento ao agronegócio e o fortalecimento do campo.
O deputado explicou que o recurso colocado no Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), por meio de emenda parlamentar do seu gabinete não só vai beneficiar Campos, como se tornará um modelo de referência do Brasil no estrangeiro.
“É uma satisfação trazer para Campos algo que vai recolocar o município na discussão em torno da produção de carne, mas de carne sustentável. Uma das principais reclamações do mundo gira em torno da pecuária, apresentada como responsável pelos gases do efeito estufa, do desmatamento, e o que a gente quer mostrar, por meio dessa parceria com o Embrapa, o Ministério da Agricultura e o município, é que isso não é verdade, que é possível produzir carne para alimentar a população com o replantio de áreas de Mata Atlântica, com a recuperação de nascentes, com pastagens adequadas e o gado criado dentro dos critérios de bem estar e trazendo mais renda para o produtor. Isso será feito em propriedades que poderão, depois, serem multiplicadas em Campos e no Norte Fluminense”, destacou Christino Áureo.
O secretário municipal de Agricultura diz que o conceito de Carne Baixo Carbono, de pecuária sustentável, pregado no mundo inteiro para o desenvolvimento da atividade agropecuária, é o modelo que Campos deseja implantar. “O programa é de extrema importância para o desenvolvimento da agropecuária em Campos, que já tem uma excelente base para produção de carnes. Um movimento desse, de produzir com sustentabilidade, com essa pegada de carbono que o mundo inteiro fala e que é produzir recuperando áreas degradadas, utilizando ciência e tecnologia para pastagens de alta qualidade. O programa é muito bem-vindo para que nossa pecuária tenha uma imagem cada vez melhor de produção de carnes e, lá na frente, de leite também, tudo em um ambiente altamente sustentável e de bem-estar animal”, concluiu.
Embrapa – A Embrapa trabalha os sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Lavoura-Pecuária (LP) para neutralizar os gases de efeito estufa emitidos pelo processo produtivo da bovinocultura de corte. O foco é a pastagem como fonte principal de alimento do rebanho, incentivando a recuperação de áreas degradadas. O protocolo de rastreabilidade Carne Carbono Neutro, desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte e gerenciado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), certificou, mês passado, a primeira propriedade rural brasileira, localizada em Santa Rita do Pardo (MS). O selo valoriza a carne tanto no mercado interno como aumenta sua visibilidade para a exportação.