21 de Setembro é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer e, para marcar a data, a Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa realiza nesta quarta-feira (22), às 14h, Oficina de Memória com a psicóloga Isabel Cristina Espinha, no Centro de Convivência, no Parque Tamandaré, onde funciona a Policlínica da Terceira Idade. A oficina faz parte da programação do Mês do Idoso. Neste dia, a geriatra Débora Casarsa alerta a população para que fique atenta aos idosos que têm em casa, percebendo sempre que houve alterações comportamentais ou perda de memória, para que busque ajuda o quanto antes.
A Oficina de Memória é uma atividade que estimula habilidades cognitivas, melhorando o desempenho das tarefas do dia-a-dia, através de atividades individuais e em grupo, refletindo na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Desta forma, a Oficina de Memória previne doenças, como o Alzheimer.
- A função do psicólogo na psicoterapia é proporcionar maior qualidade de vida para esta pessoa, de um modo geral, visando alívio do sofrimento gerado pelos sintomas do Alzheimer. Os tratamentos incentivam a recuperação da plasticidade neuronal, possibilitando novas maneiras de aprendizagem e tendo novas experiências, através de técnicas da musicoterapia e arterapia, por exemplo. Sendo assim, proporciona maior qualidade de vida, que é nosso objetivo – explica a psicóloga.
Alzheimer - Segundo a diretora do Departamento Médico e da Saúde do Idoso, a geriatra Deborah Casarsa, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, que provoca alterações cognitivas, prejuízos na memória, na atenção, organização e planejamento, que é função executiva comprometida, acarretando também dificuldade na autonomia e independência do paciente, uma vez diagnosticado com demência.
- O paciente que antecede o diagnóstico apresenta uma alteração, geralmente, de memória de curto prazo; outras vezes, de memória operacional ou episódica e, principalmente, da atenção. A pessoa fica dispersa, se perde na rua, não reconhece sua própria casa como seu lar e ainda, apresenta alterações comportamentais, como delírio, alucinação, alteração do humor, uma debilidade emocional nítida que, muitas vezes, é confundido com depressão, diagnóstico diferencial importantíssimo – explica a geriatra, ressaltando que, muitas vezes, o paciente fica apático, perde o interesse pelo que gosta, o que pode ser realmente depressão.
Déborah Casarsa explica que “ser idoso” é o maior fator de risco para desenvolver demência, mas também existe o componente genético, não sendo predominante. “Pacientes que desenvolvem mais cedo, geralmente, tem componente genético. Aqueles diagnosticados de forma mais tardia, geralmente, estão relacionados a hábitos de uma vida, por isso, é importante atividade física como prevenção, não fumar, se alimentar corretamente e, principalmente, manter a mente ativa: sempre traçar novos desafios. Hoje em dia, existem as oficinas cognitivas, que é toda um estímulo contando com a neuroplasticidade cerebral, que é a capacidade que o cérebro tem de se adaptar a novos desafios”, explica a geriatra.
A Prefeitura de Campos conta com um Centro de Referência da Doença de Alzheimer, referência nacional, que funciona na Rua Primeiro de Maio, nº 43, no Centro, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. O Centro conta com equipe interdisciplinar, multiprofissional, com abordagem de psicólogos, psiquiatras, geriatras, neurologistas, fonoaudiólogos, assistente social.