A luta dos direitos das pessoas com deficiência foi pauta do Seminário Setembro Verde, que teve como tema “Eliminando Barreiras para Potencializar a Inclusão”. O evento aconteceu no Teatro Trianon, nesta quarta-feira (29), e contou com a presença da primeira-dama Tassiana Oliveira. O Seminário foi uma realização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, em parceria com as Organizações da Sociedade Civil, como Educandário São José Operário, Associação de Pais de Pessoas Especiais (APAPE), Associação de Proteção e Orientação aos Excepcionais (APOE) e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
A abertura contou com apresentação musical dos usuários e familiares assistidos pela APAPE e do Coral de Vozes em libras da APOE. O evento foi encerrado pela banda do Educandário São José Operário.
Tassiana ressaltou a importância das entidades na garantia de direitos e elencou as ações desenvolvidas pelo município. “Vamos apoiar quem mais precisa de suporte. O governo tem avançado na parceria com a sociedade civil no atendimento às pessoas com deficiência. Estamos sempre trabalhando em conjunto, buscando inovar e fortalecendo as equipes”, destacou a primeira-dama.
O SEMINÁRIO – A primeira mesa foi com o tema “Eliminando Barreiras para Potencializar a Inclusão”, composta pelo presidente Nacional do Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência, Marco Castilho, a diretora da Gestão SUAS, Aline Giovanini, representante da Vigilância Socioassistencial, Fernanda Cordeiro, e da rede privada, Marianna Brito. Representando a Secretaria de Saúde estiveram na mesa, Drª. Gesika Amorim e Drª Lana Maria, ambas da Saúde Mental, e os presidentes da Fundação Municipal da Infância e da Juventude (FMIJ), Fabiano de Paula, e do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Renato Gonçalves.
Para Marcos Castilho, o evento é importante para o processo de discussão do atendimento às pessoas com deficientes. “A oferta de políticas públicas é dever do Estado e a sociedade civil complementa, e a cidade está no caminho certo. Precisamos estar acompanhando o bonde da história e nos aprimorarmos na busca do conhecimento”, pontuou.
Na parte da tarde, a segunda mesa teve como tema “Dialogando sobre a ampliação da capacidade protetiva e de superação de fragilidades e riscos na tarefa do cuidar”, e a mesma foi composta por Marco Castilho, Aline Giovanini, pelas assistentes sociais da APOE, APAPE, APAE e do São José do Operário, além do promotor de Justiça, Luiz Claudio Carvalho.
“A gente está de portas abertas para auxiliar no atendimento às pessoas com deficiência. Muitas batalhas precisam ser vencidas. As organizações precisam se organizar para garantir os recursos nas rubricas especificas. O foco é o usuário e seus familiares. Coloco-me à disposição do poder público e da sociedade para afinarmos os discursos. A aproximação é de extrema importância”, destacou o promotor
Segundo o secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho, a Prefeitura pretende fortalecer as ações e a rede de proteção aos deficientes e o diálogo com as organizações sociais. “Desde o início da gestão, o público com deficiência tem sido prioridade. As organizações complementam os nossos serviços. Nós precisamos um dos outros e a parceria sólida garante o melhor atendimento aos assistidos e suas famílias. Precisamos massificar o cuidado e as ações na luta pela pessoa com deficiência”.
O prefeito Wladimir Garotinho sancionou a fixação da Tarifa Referencial de Água (TRA) e da Tarifa Referencial de Esgoto (TRE) para as entidades, equiparando à tarifa residencial social. Com o objetivo de fortalecer as ações com pessoa com deficiência, foi criada a lei Benjamin Elias, sancionada por Wladimir, instituindo o mês de abril como o Mês da Conscientização do TEA, no município de Campos.
ASSITIDOS – O município cofinancia 703 vagas, por meio da Organizações da Sociedade Civil, o Educandário São José Operário, a APAPE, APOE e APAE.
Avó da assistida da APOE, Laila Vitória, de 15 anos, a dona de casa Roseli da Silva, de 62 anos, relatou a importância dos serviços para o desenvolvimento intelectual dos usuários. “A minha neta melhorou bastante após ser atendida na APOE. Ela ficou mais calma, devido às atividades e os procedimentos. O desenvolvimento foi muito grande. Eu achei que melhorou a memória. Estou muito satisfeita”, comemorou a dona de casa.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o vereador Leon Gomes, marcou presença no seminário.