A Subsecretaria Municipal de Políticas para Mulheres e o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) vêm acompanhando vários casos de violência contra a mulher e marcaram presença, nesta quinta-feira (07), no Fórum Maria Tereza Gusmão, onde aconteceram duas audiências envolvendo vítimas de violência doméstica, sendo uma delas, a Roberta Bianca de Souza, 44 anos, sobrevivente de tentativa de feminicídio, ocorrida no dia 1º de junho deste ano, após ser atingida por tiros disparados pelo ex-namorado. Após ficar 80 dias internada, lutando pela vida, ela agora trava outra batalha pela sua recuperação. Em frente ao fórum, foi realizado um ato com familiares e amigos dessa vítima contra o feminicídio e pedindo justiça.
Roberta deu entrada no Hospital Ferreira Machado (HFM) em estado grave, com perda de movimentos do corpo em razão de um tiro no pescoço. Enfrentou alternação de quadros da saúde, mas conseguiu vencê-los. No dia em que teve alta, teve uma despedida emocionante da equipe da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) que a acompanhou durante o tempo em que esteve internada.
Do dia 23 de setembro, dia seguinte à inauguração do Ceam, até o momento, 17 mulheres recebem acompanhamento do equipamento, em diferentes situações de violência. Desde a criação da subsecretaria, pelo prefeito Wladimir Garotinho, no início do ano, foram 35 atendimentos que, inicialmente, eram a escuta e orientações.
Segundo a subsecretária, Josiane Viana, o apoio às vítimas é importante em todo o processo para que, além de sair do ciclo de violência, ela também volte a ter uma vida onde possa ter a liberdade de fazer as suas escolhas em segurança. “Estivemos no fórum, onde aconteceram as audiências envolvendo vítimas de violência doméstica, sendo que um dos casos não teve repercussão, e o nome da vítima segue sendo preservado, mas estamos acompanhando desde o início. Na outra audiência, estivemos junto com as filhas da Roberta, Maria Clara e Izabela”, explica a subsecretária, acrescentando que a vítima autorizou divulgar sua identidade e seu agressor está preso.
“Orientamos que, quando a vítima não estiver em condições de autorizar a divulgação da sua identidade, a mesma seja preservada, como aconteceu recentemente, em que a vítima foi socorrida inconsciente, após tentativa de feminicídio no início deste mês. Essa divulgação, sem a devida autorização, configura-se também uma forma de violência porque coloca em risco, mais uma vez, a vida da vítima, principalmente, se o agressor ainda estiver em liberdade”, explica Josiane Viana.
Izabela de Souza também é estudante de Direito e, acompanhada de colegas de turma, amigos e familiares, realizou o ato em frente ao fórum no dia da primeira audiência do caso da mãe dela, vítima de uma tentativa de feminicídio, que tramita na 1ª Vara Criminal de Campos. “O intuito desse movimento é mostrar para a sociedade e para a mídia o papel fundamental nessa luta em prol do fim da violência contra a mulher. Assumir essa luta é, ao mesmo tempo, gratificante e desafiador”, disse Izabela, ressaltando a busca por uma sociedade menos machista e mais igualitária.
“As mulheres que sofrem quaisquer tipos de violência poderão fazer uma denúncia através do disque 180 ou em uma delegacia especializada nesse atendimento. Hoje, temos um centro especializado, que oferece ajuda a essas famílias, muito importante em Campos, que é o Ceam, e a Defensoria Pública também atua fazendo orientações jurídicas a essas famílias e vítimas”, informa a filha da vítima.
Josiane explica que o Ceam vem acompanhando várias vítimas e, sobre a vítima de tentativa de feminicídio, está oferecendo todo suporte necessário, através de políticas públicas da prefeitura, incluindo os serviços da Saúde, que são tão indispensáveis neste momento e o atendimento interdisciplinar do Ceam. “A vítima, que saiu do hospital recentemente, está fazendo fisioterapia e lutando para se recuperar. Também está recebendo assistência do Programa de Assistência Domiciliar (PAD) -, afirma a subsecretária Josiane Viana.
Ceam – O Ceam conta com equipe interdisciplinar, composta por psicóloga, assistente social, assistência jurídica, além de orientação e informação. O endereço é Rua dos Goytacazes, número 257, no Turf Club. O local é o mesmo onde funcionou há anos o Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher (Niam).
REDE DE ATENDIMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES:
*CENTRO ESPECIALIZADO DE ATENDIMENTO À MULHER - CEAM – ESPECIALIZADA
Rua dos Goytacazes, 257 – Centro
(22) 98175-0180
ceam.smdhs@campos.rj.gov.br
*DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ATENDIMENTO À MULHER - DEAM - ESPECIALIZADA
Rua Barão de Miracema, 231 – Centro
(22) 2738-1309
*PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR – ESPECIALIZADA
Av. 15 de Novembro, 289 – Centro, Campos dos Goytacazes
*DEFENSORIA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – ESPECIALIZADA
(22) 99847-2279
*PATRULHA MARIA DA PENHA - ESPECIALIZADA
(Monitora as Mulheres com Medidas Protetivas de Urgência)
*CASA ABRIGO DA MUHER BENTA PEREIRA – ESPECIALIZADA
Abrigo Sigiloso
*DISQUE 180 – ESPECIALIZADA
Central de Atendimento à Mulher.
Faz uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência.
I JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL
Av. 15 de Novembro, 289 – Fórum Centro CEP: 280235-100 – Campos dos Goytacazes – RJ
SUBSECRETARIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES – SMPM
Rua dos Goytacazes, 257 – Centro
(22) 98175-0160
smpm.smdhs@campos.rj.gov.br
submulherescampos@gmail.com
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA MULHER - COMDIM
Av. Alberto Torres, 371, 11º andar – Pq Leopoldina
(22) 98175-0193
comdim2013@gmail.com
*CREAS I
Rua André Luiz, 59 – Jardim Carioca
(22) 98175-1031
creas1.smdhs@gmail.com
*CREAS II
Rua Ipiranga, 116 – Centro
(22) 98175-0711
creas2.smdhs@gmail.com
*CREAS III
Av. José Alves de Azevedo, 216 – Centro
(22) 98175-0820
creas3campos@outlook.com
*EMERGÊNCIA POLICIAL LIGUE 190
(Em caso de risco eminente de morte)