“O Arquivo Público de Campos vai se tornar o melhor Arquivo Público do Brasil. Isso é motivo de orgulho para todos nós”. Foi com essas palavras que o prefeito Wladimir Garotinho, ao lado do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual André Ceciliano, participou da solenidade comemorativa pelos 21 anos do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, localizado em Tocos, na Baixada Campista, quando foi assinado o Termo de Cooperação Técnica para a restauração do prédio com recursos de R$ 20 milhões da Alerj, sobras do duodécimo, repassada à Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Instalado no Solar dos Jesuítas, uma das mais antigas construções do município, o Arquivo possui um grande acervo histórico e é procurado por pesquisadores do Brasil e de outros países. Acompanhando o prefeito, estavam a primeira-dama, Tassiana Oliveira; e o vice-prefeito, Federico Paes, com sua esposa Carla Paes.
O prefeito lembrou do cenário que encontrou assim que assumiu a Prefeitura de Campos, em janeiro de 2021, sem dinheiro em caixa até para pagar os salários dos servidores, que estavam com vencimentos atrasados na ocasião. “Poder chegar em um dia como esse em que a cidade está equilibrada, estável e que paga suas obrigações e os funcionalismo em dia e voltou a ter poder de investimento e que, principalmente, voltou a contar com parceiros, seja dos governos estadual, federal, da Assembleia Legislativa. Hoje, Campos conta com apoio da classe política porque ela acredita que o trabalho que está sendo feito aqui é sério e que já equilibrou a cidade”, disse Wladimir.
- O Arquivo Público vai movimentar o turismo, vai fazer da nossa cidade uma referência para a busca de informações históricas. Fico extremamente feliz de saber que meu nome vai estar na placa da restauração do Arquivo Público Municipal para a eternidade – disse Wladimir, lembrando que o projeto, desenvolvido pela Sociedade Artística Brasileira (SABRA) já está aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan) e já possui autorização para iniciar a obra, faltando apenas o trâmite burocrático da licitação.
O prefeito lembrou que atualmente estão sendo reformados os teatros de Bolso Procópio Ferreira; teatro Municipal Trianon; teve aprovado o Plano Municipal de Cultura. “Aprovamos uma lei inédita no país em que toda instituição financeira que fizer qualquer tipo de negociação com o servidor público tem que destinar 5% para a cultura”.
- A Assembleia Legislativa tem economizado cerca de R$ 500 milhões, por ano, do nosso orçamento e é graças a essa economia que estamos podendo ajudar não só Campos, mas outros municípios também. Os recursos já estão na conta da universidade. É um honra estarmos aqui representando toda assembleia legislativa porque este momento representa a obra de um conjunto: mesa diretora e todos os parlamentares – destaca Ceciliano, ressaltando outros projetos que a Alerj vem ajudando.
O parlamentar também adiantou a possibilidade de ajudar na restauração de outros prédios de Campos como Solar dos Ayrizes, Museu Olavo Cardoso e Mercado Municipal, além do projeto turístico do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte Fluminense (Cidennf) no valor de R$ 10 milhões. Com o convênio, também, será possível contratar profissionais e investir em novos equipamentos para digitalização do acervo.
Também compuseram a mesa o vice-prefeito, Frederico Paes; a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Auxiliadora Freitas; o presidente da Câmara de Vereadores, Fábio Ribeiro; a vice-reitora da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf); Rosana Rodrigues, representando o reitor Raul Palácio; a coordenadora do Arquivo, Rafaela Machado; o bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz; o conselheiro do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam), Edvar Chagas, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/Campos); o prefeito de Carapebus, Bernard Tavares; e, representando o Conselho Municipal de Cultura (Comcultura), Marcelo Sampaio. “É muito importante que, em 21 anos de existência, aconteça essa tão aguardada restauração de um equipamento cultural como é o nosso Arquivo Municipal”.
- É muito importante que a gente tenha conseguido reunir neste espaço agentes, produtores culturais, políticos, uma sociedade que está empenhada na restauração do Solar do Colégio. Hoje, é o início da realização de um sonho – disse Rafaela Machado, que agradeceu ao deputado estadual André Ceciliano e registrou o trabalho do museólogo Carlos Freitas, que montou a equipe que atua no Arquivo. Ela também homenageou os dois funcionários mais antigos do Arquivo Público, atuando no equipamento há 21 anos: Seu Jorge, que abre e fecha o Arquivo todos os dias, e Maria Lúcia, que cuida da biblioteca.
A historiadora também registrou a importância da atuação do prefeito Wladimir Garotinho. “Poucas vezes, eu vi um político bater na mesa em defesa de um patrimônio. Talvez, tenha sido a primeira vez. Não existiria mais o Solar sem o Arquivo e não há condições de existir o Arquivo sem o Solar”.
O deputado estadual Bruno Dauaire, que também contribuiu para que a verba da Alerj fosse destinada ao Arquivo, enviou mensagem. O presidente da Câmara, Fábio Ribeiro, registrou a presença do vereador Edson Batista, autor da lei que criou o Arquivo Público Municipal.
- Queria agradecer ao prefeito Wladimir pela sensibilidade que ele tem tido com a cultura do nosso município. A gente tem aqui em Campos um prefeito que entende a importância histórica desse município e que entende que se a gente não preservar nossa história e nossa cultura, não vamos estar cuidando do nosso povo e da nossa gente – ressalta a presidente da FCJOL, Auxiliadora Freitas.
Foram convidados para a assinatura do Termo de Cooperação o prefeito Wladimir Garotinho; o deputado estadual André Ceciliano; a vice-reitora da Uenf, Rosana Rodrigues; a presidente da FCJOL, Auxiliadora Freitas, além do subprocurador Luiz Boechat e o procurador da Uenf, Humberto Nobre.