Notícia no detalhe

Agendamento online para doação de sangue já está com vagas abertas

A estratégia adotada pela Secretaria de Saúde integra a campanha Junho Vermelho, lançada nesta quinta-feira, juntamente com a terceira etapa do Mutirão da Saúde

Por: Redação - Foto: César Ferreira - 02/06/2022 - 20:56:14

“Quantas vidas cabem numa vida? Sua doação significa viver. Doe vida, doe sangue”. As mensagens, divulgadas em um vídeo durante o lançamento oficial pelo prefeito Wladimir Garotinho, da terceira etapa do Mutirão da Saúde, na noite desta quinta-feira (02), na sede da Prefeitura, marcaram o início da campanha Junho Vermelho no município. A terceira etapa do Mutirão da Saúde tem por objetivo zerar a fila de espera pelas cirurgias ortopédicas.

Uma das estratégias adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde para incentivar a doação de sangue no Hemocentro Regional de Campos, dentro da campanha Junho Vermelho, foi a abertura de vagas para a coleta de sangue por meio de agendamento online no site oficial da Prefeitura (AQUI).

O agendamento já está aberto, com a oferta diária de 28 vagas. Das 7h às 12h, o atendimento no Hemocentro continuará por livre demanda. Já as pessoas que decidirem pelo agendamento serão atendidas das 13h às 17h. Serão distribuídos panfletos com um código QR Code para que os interessados possam agendar a doação por meio do telefone celular.

A campanha Junho Vermelho, criada pelo Ministério da Saúde no ano de 2015, visa conscientizar as pessoas sobre a importância de doar sangue. Ato esse que, demonstra não só amor para com o próximo, mas salva vidas, como a da adolescente Manuela Moraes Ribeiro, 13 anos, que no final de 2018 foi acometida por uma leucemia.

Manuela participou da solenidade de lançamento da campanha Junho Vermelho, acompanhada dos pais, o empresário Júnior Ribeiro, 42 anos, e a bióloga Simone Ribeiro, 39 anos. Em seu depoimento, Júnior disse que o sangue recebido pela filha, durante o tratamento, foi primordial para sua cura.

“Não sei mensurar o quanto as doações foram importantes”, afirmou o empresário, ressaltando que o tratamento de Manuela foi realizado no Rio de Janeiro, mas ele e a esposa iniciaram à época uma campanha para a captação de novos doadores para o Hemocentro.

Após agradecer o empenho da equipe da Secretaria Municipal de Saúde que, segundo o prefeito, tem trabalhado para prestar uma assistência de qualidade à população, Wladimir anunciou que o processo licitatório para construção do novo Hemocentro Regional de Campos foi finalizado.

“Já temos uma empresa vencedora. O novo hemocentro será construído no terreno ao lado do Hospital Ferreira Machado (HFM), com verbas oriundas de emendas parlamentares dos ex-deputados federal Anthony Garotinho e Paulo Feijó”, disse o prefeito.

O secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, fez um apelo às pessoas para que doem sangue. “Qualquer um de nós pode precisar de sangue algum dia. O município registra diariamente cerca de dez acidentes de moto, número que é bem assustador”, afirmou.

O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) e superintendente do HFM, Arthur Borges, disse que a população precisa estar engajada na doação de sangue. “O hemocentro enfrenta muita dificuldade nesse sentido e as pessoas precisam entender que elas fazem parte disso. Para se ter uma ideia, no ano passado, um único paciente precisou de 20 bolsas de sangue durante uma cirurgia”, ressaltou o médico.

A diretora do Hemocentro, Sandra Chalhub, disse que, se de 2% a 3% da população campista fosse doadora assídua de sangue, o Hemocentro iria conseguir atender a todas as suas demandas, incluindo as dos 14 municípios que são abastecidos por ele.

A médica aproveitou para agradecer ao prefeito Wladimir Garotinho, ao secretário Paulo Hirano, ao subsecretário de Saúde, Marcos Gonçalves e ao superintendente do HFM, Arthur Borges, pela ajuda ao Hemocentro. “Vocês são nossos parceiros”, afirmou.

Outro parceiro do Hemocentro é o guarda municipal Edmar Santana da Silva, 56 anos. Desde 1990, ele mantém a tradição de doar sangue a cada intervalo de três meses. Ele contou que, antes de se tornar doador voluntário, sua primeira doação foi para o irmão que havia sofrido um acidente.

“Com o passar dos anos, veio a conscientização de que meu sangue poderia salvar outras vidas”, disse ele.