Mais 77 famílias recebem o Cartão Goitacá no CREAS-1 no Jardim Carioca

Mais 77 famílias em situação de vulnerabilidade e referenciadas pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) foram contempladas nesta quinta-feira (09) com o Cartão Goitacá, um dos programas assistenciais de transferência de renda voltado para a segurança alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade, com renda na faixa da extrema pobreza.

A entrega do Cartão Goitacá foi feita pela subsecretária de Desenvolvimento Humano e Social, Mariana Silva, e pela coordenadora do Programa, Marcélia Cardoso, no CREAS1 (Centro de Referência Especializado em Assistência Social – Jardim Carioca). Foram contempladas famílias referenciadas nesta unidade, no CRAS Jardim Carioca e no CRAS Travessão de Campos.

No ato da entrega, a coordenadora do Cartão Goitacá, Marcélia Cardoso, explicou que, no momento da primeira compra, é necessário gravar a senha com quatro dígitos e memorizar, para utilizar a mesma nas próximas compras.

“Todos os cartões entregues já estão carregados com crédito para fazer a compra de alimentos. Vocês devem criar uma senha com quatro números e, no momento da primeira compra, o sistema vai pedir a gravação da senha, que vocês não devem passar para ninguém”, alertou Marcélia.

A coordenadora do CREAS1, Patrícia Silva, reforçou as orientações: “Se tiver dificuldades de memorizar é bom que anotem para não esquecer, porque nas próximas compras vão precisar usar. Se perder a senha é necessário ir ao CRAS para gerar uma nova”, detalhou Patrícia.

A subsecretária da pasta, Mariana Silva, que representou o Prefeito Wladimir Garotinho, destacou o empenho do prefeito em reestruturar os Programas Sociais e priorizou o Cartão Goitacá para ajudar aplacar a fome das pessoas que estão em situação de extrema pobreza.

“Estamos felizes por ver concretizado esse sonho do Prefeito, em reconstruir o Programa de Transferência de Renda, com ênfase na segurança alimentar que, infelizmente, foi abandonado pelo governo anterior. O Prefeito gostaria de ter lançado o Cartão Goitacá antes, mas com muito empenho está lançando de forma gradativa, na medida do possível e está atendendo às famílias em situação mais vulnerável, mas vamos ampliando o número de pessoas com a meta de poder atender 10 mil pessoas até dezembro”, destacou Mariana Silva.

A maior parte das mulheres contempladas é o alicerce financeiro da família e informa que o Cartão Goitacá chega em boa hora, porque representa dinheiro para poder ir nos estabelecimentos comerciais.

Algumas contemplada afirmam que “o Cartão é uma bênção, porque permite ir a um lugar que faz muito tempo que não se pode ir: no açougue, conforme expressa Sâmela dos Santos Faria. “Eu tenho uma filha e sou uma pessoa que não tenho ninguém para me ajudar, nem cuidar de mim. Ainda bem que tenho o pessoal do CRAS. Esse cartão vai me ajudar muito; chegou na hora certa, porque eu vivia no abrigo e já saí e não tenho emprego e no momento não posso trabalhar. Vou poder fazer compras e ir no açougue, que é um lugar que há muito tempo eu e outras pessoas não podiam entrar, porque a gente não tinha dinheiro para comprar nem comida direito, muito menos carne”, relatou Sâmela Faria.

“Sou mãe de seis filhos, sou catadora de reciclagem e, muitas das vezes, o dinheiro que consigo com a venda dos materiais não dá para nada. Eu ando muito para catar reciclagem, mas tem dia que o que consigo, não compensa o cansaço de tanto andar. Por isso esse Cartão é muito importante para mim e para meus filhos, porque ainda tenho quatro pequenos comigo e sou eu que cuido deles. O cartão vai garantir que não falte a comida para eles”, declarou Rosemery Ramos.

“Tenho filhos pequenos e, como não tenho emprego, eu vendo bala nas ruas para poder ter algum dinheiro para comprar alimento para eles, mas tem dia que não vendo quase nada, principalmente quando chove, aí, fica muito complicado e não ganho nada. Eu esperava por essa ajuda desde o outro governo. Mas que bom que nesse governo a ajuda é de verdade e o Cartão vai ajudar a comprar a comida para meus filhos”, declarou Regiane da S. Almeida Laurindo.

“Eu, minha mãe e meu irmão contraímos Covid-19. Ficamos internados e minha mãe piorou muito e não suportou, vindo a falecer. Depois meu irmão não suportou e também perdi ele. Fiquei muito mal, porque não tive condições de comparecer nem no velório nem no sepultamento da pessoa mais importante da minha vida que era minha mãe e muito dor pela perda do meu irmão. Eu saí do hospital e estava me recuperando da doença, mas estava só com 5% das minhas forças e nem conseguia andar. Agora, que estou me recuperando e voltei a andar, veio o terceiro baque em sequência: descobrimos que um querido sobrinho meu de oito anos estava sendo abusado sexualmente. Eu entrei em parafuso e perdi as condições de trabalhar. Encontro apoio aqui no CREAS apoio e esse Cartão Goitacá vai me ajudar muito porque tenho uma filha e não tenho renda para ajudar cuidar dela”,  relatou Marcos Antônio.