Os números e detalhamento das ações do Plano de Desenvolvimento na Bacia de Campos, que recebe investimentos na ordem de US$ 16 bilhões até 2026 (cerca de R$ 82 bilhões na cotação de hoje), foi apresentado pela Petrobras na manhã desta segunda-feira (20), em Campos. Neste período, a empresa pretende perfurar mais 100 poços.
O panorama geral das atividades e investimentos da empresa foi exposto pelo gerente Executivo de Águas Profundas da Bacia de Campos, César Cunha, no IFF Campus Centro, para plateia formada por autoridades e dirigentes de entidades do setor produtivo da região.
César Cunha representou o gerente Geral da Bacia de Campos, Suen Marcet, que está de quarentena após testar positivo para a Covid-19. De igual modo, o presidente da Ompetro (Organização dos Municípios Produtores de Petróleo), Wladimir Garotinho, que é prefeito de Campos, que também testou positivo para a Covid-19, foi representado pelo secretário Executivo da Ompetro, Marcelo Neves, secretário de Petróleo, Energia e Inovação de Campos.
A Ompetro tem gestão marcada por reivindicações, junto à Petrobras e entidades do setor petróleo, para implementar ativos que gerem renda e divisas na região dos municípios produtores da Bacia de Campos.
“A Bacia de Campos é cenário de diversas empresas que operam em diferentes estratégias e produz 600 mil barris/dia, e até 2026 vai produzir mais 600 mil barris com a recuperação de poços que estão desativados. No quadro geral, a Bacia acumula 14 bilhões de boe (barris em óleo equivalente) que representa 75% da produção mensal com 34 plataformas da Petrobras em plena atividade (sem contar as petrolíferas privadas). São 15.000 quilômetros de linhas submarinas”, informou César Cunha
“A Bacia de Campos é destaque inaugural para a Petrobras porque foi nela o pioneirismo na exploração e produção em águas profundas e também pioneira no desenvolvimento de alta tecnologia para o grande projeto de revitalização dos campos maduros. Cada plataforma na superfície tem uma cidade industrial subaquática que não se vê. Os Campos de Marlim e Voador abrigam o maior projeto de revitalização, com capacidade de produzir 250 mil barris de recuperação”, registrou Cunha.
Marcelo Neves, que é egresso da Petrobras, demonstrou otimismo com o setor como vetor de desenvolvimento regional. “Em nome do Presidente da Ompetro, o prefeito Wladimir Garotinho, quero agradecer a presença dos representantes da Petrobras e das demais autoridades neste seminário que traz um panorama do que teremos de investimentos e dos efeitos do Plano de Desenvolvimento da Petrobras para o Norte Fluminense. Temos um futuro muito promissor na Bacia de Campos para a Petrobras e para a região. A apresentação clara de César Cunha mostra que existe muito petróleo e os elevados investimentos evidenciam que a Bacia de Campos tem muito potencial para algumas décadas de atividades e, logo, ainda temos muito o que explorar”, enfatizou Marcelo Neves.
MAIS TRÊS NOVAS UNIDADES DE PRODUÇÃO COM ALTA TECNOLOGIA - O executivo da Petrobras apresentou a evolução das atividades de produção da empresa na Bacia de Campos, desde o ano de 1977, no Campo de Enxova, até os dias atuais, e detalhou o Plano de Desenvolvimento até 2026 com a construção de mais três modernas plataformas de petróleo tipo FPSOs (Anita Garibaldi e Ana Nery no campo de Marlim e Maria Quitéria em Jubarte), que vão substituir no período 10 plataformas que estão chegando ao fim da vida útil. Plataforma FPSOs (Floating, Production, Storage and Offloading) são tipos de navios com capacidade para processar e armazenar o petróleo, e prover a transferência do petróleo ou gás natural e ainda processam na embarcação o petróleo para separar água e fragmento de rochas.
PROGRAMA RES 20 COM INVESTIMENTO DE R$ 2,5 BILHÕES TERÁ ÊNFASE NA BACIA DE CAMPOS – Dentre as atividades que recebem investimentos parte dos recursos é destinada à aplicação de tecnologia de ponta com o Programa RES 20 que é um Programa Estratégico para Maximização de valor através das reservas de petróleo, que implica por exemplo em investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões em sísmica com tecnologia 4D em área de 39 mil Km² com ênfase na Inteligência Artificial que ajudam definir melhores modelos de reservatórios de petróleo para exploração. Cunha destacou que a meta da Petrobras é viabilizar com o RES 20 até 20 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em seus campos operados no pré-sal.