Com o objetivo de incentivar ainda mais a leitura dos alunos, valorizar a tradição oral entre crianças, jovens e adultos, mediante contação de histórias, o Grupo Oficina de Textos Terra da Alegria, o projeto Gotta, vai realizar, nos dias 06 e 07 de julho, às 15h, a Batalha Cultural e Literária de Contação de Histórias. O evento será na sede do projeto, na Escola Municipal Instituto Profissional São José. A coordenadora do Gotta, Simone Jardim, conta que, separados em duas categorias (Veteranos e Iniciantes), os alunos poderão contar a sua história da maneira que melhor entenderem o conteúdo. Para isso, poderão usar fantoches, músicas, figuras, fantasias, figurinos e indumentárias de livre escolha. A temática é livre e o tempo previsto para apresentação será no máximo de 8 minutos.
Os alunos serão avaliados pelos seguintes critérios: Oralidade, onde será avaliada a fluidez da fala, dicção, projeção vocal e velocidade em que é narrada a história; Interpretação, a expressão facial e corporal do artista durante toda sua cena, seu foco e desenvoltura na construção da narrativa; Criatividade e carisma, vai ser avaliada a desenvoltura na transição de personagem narrador, se houver, e a criatividade para tornar a história atraente ao ouvinte e o olhar para o público; Desenvoltura e postura de palco, a desenvoltura do artista durante sua performance, timidez e domínio Cênico; Domínio da história, avaliação do conhecimento do contador sobre a história-Coerência e coesão da narrativa, fluidez da narração e memorização; Figurino, Indumentária e cenografia para cena, necessidade do figurino para estética da contação como a cenografia e adereços cênicos.
Simone explica ainda que, todas as histórias deverão ter sido orientadas e estimuladas durante os ensaios, para que seja justo quando se trata de conhecimento adquirido da mesma fonte pelos alunos. O julgamento vai ser feito por um corpo de júri, que deverá ser formado por um artista local, um ator ou atriz campista, um funcionário do setor pedagógico da escola onde o projeto está sediado e um ex-aluno (a) do Gotta, que não tenha vínculo familiar direto com os participantes.
A avaliação das contações de histórias será guiada por uma tabela de pontuação. Os três primeiros colocados em sua categoria vão receber um brinde pelo seu empenho, talento e desenvoltura cênica. Em casa de empate, o júri decide o vencedor. A batalha é aberta à família e convidados, além da direção da escola e da comunidade escolar, que desejar participar.
“A Batalha Cultural e Literária de Contação de História se faz necessária de forma interna, porém com destaque, para que os alunos presentes no projeto se sintam valorizados em seu fazer artístico. Proporcionar para os participantes a sensação de valorização de sua arte, integração entre os alunos de turnos diferentes, fruição do conteúdo elaborado em cena, para além de expandir olhar crítico artístico estético dos integrantes a respeito do corpo do ator em cena, é um dos objetivos pensado para relevância dessa iniciativa de caráter competitivo, mas ainda pedagógico”, diz Simone.
Responsável pelo Gotta, Ana Sousa, ressalta, ainda, que o grupo é voltado totalmente para o incentivo à leitura e a sensibilização da arte por meio da linguagem de contação de histórias, trovas, poesias, crônicas e textos em gerais, porém, está em sua identidade marcante a arte da contação de histórias, onde todos os alunos que compõe o grupo, tem pelo menos uma narrativa para ser utilizada. “Como uma arte afro referenciada de oralidade, a contação se faz presente em todo processo metodológico. A contação de história é a arte de narração oral capaz de despertar o imaginário do ouvinte por meio da construção de cenários, da imagem dos personagens e de diversos elementos que compõem a história”, finaliza Ana.