O programa Hora da Educação, apresentado pelo secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres, desta quarta-feira (17) recebeu o Fundador do Instituto Neurodiversidade, Doutor em Saúde Mental e em Ciências do Desporto e Pós-doutor em Saúde Mental, professor e Doutor Sérgio Machado. E, também, o CEO do Instituto Neurodiversidade, Mestre em Ciências da Atividade Física (ênfase em Neurociência), Pós-graduado em Educação Física Adaptada e Inclusiva e Pós-graduando em Autismo, professor Lucas Maciel. O tema desta semana foi a parceria com o Instituto Neurodiversidade. O Hora da Educação é transmitido através do canal do PAE no Youtube.
Tanto Sergio Machado quanto João Lucas, vão estar na próxima sexta-feira (19) na capacitação dos mediadores e cuidadores da rede municipal de ensino, no Teatro Municipal Trianon. A formação vai abordar o tema “Respeitar para acolher, conhecer para incluir e agir para fazer acontecer”. Outra participação será do gestor de Relacionamentos do Instituto Neurodiversidade, Luiz Carlos Vieira Junior, graduando em Desenvolvimento e Coach na área de Desenvolvimento Humano e Inteligência Emocional.
Marcelo Feres abordou a Clínica Escola do Autista, que será construída com recursos do orçamento da União e emendas parlamentares, visando ofertar serviços para o desenvolvimento neuromotor desse público. Ações conjuntas para o atendimento a crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA) serão desenvolvidas pelas Secretarias de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) e Saúde, a fim de garantir um diagnóstico precoce, visando a um tratamento eficaz e favorecendo, com isso, o processo de ensino-aprendizagem.
João Lucas parabenizou a iniciativa e ressaltou a necessidade de diagnóstico precoce para um desenvolvimento saudável da criança autista. Ele ainda aplaudiu a união das duas secretarias. Já Sergio Machado disse que quanto mais especialistas maior a chance de um resultado positivo.
O Instituto Neurodiversidade foi fundado em agosto de 2020, com o objetivo de reunir em um único só lugar diversas especialidades médicas e terapêuticas voltadas para o desenvolvimento infantil, diagnóstico e reabilitação de crianças à idosos. O professor João Lucas, que vem de uma família que sofreu com a falta de serviços especializados para crianças com deficiência, se uniu ao, então, seu orientador de mestrado, Sérgio Machado, que sonhava colocar em prática as décadas de estudos relacionados à Saúde Mental.
Marcelo Feres citou ainda a criação da Cidade da Criança e do Futuro. “Queremos fazer de um espaço lúdico, que é a atual Cidade da Criança, um centro de referência de educação e convivência inclusiva. E por que Cidade da Criança e do Futuro? Porque é esse o futuro que a gente deslumbra, um futuro em que a gente saia desses preconceitos, dessas divisões e que a diversidade seja vista de uma forma natural. É a diferença que enriquece”, diz Marcelo.
João Lucas complementou: “Que todos tenhamos no coração que é possível efetivar a inclusão, apesar de todas as barreiras estruturais. Não vai ser de uma hora para outra mas se a gente se empenhar na empatia, na busca de aprender sobre inclusão, autismo, deficiência e como se relacionar de maneira respeitosa para com as pessoas com deficiência é muito mais que aprender a ser um bom professor ou um bom pai, é aprender ser humano. Quando nós nos tornarmos seres humanos naturalmente a sociedade será melhor”.
“Para construirmos uma sociedade, igualitária, e transformar a sociedade como um todo, a gente tem que ser um ser humano melhor. E, para isso, tem alguns termos chaves que eu gosto de falar: empatia, amor, sensibilidade, acolhimento, transformação de vidas. Isso tudo, logicamente, unificado à Educação e à informação, que é justamente o que estamos tentando fazer, transformar vidas. Temos nossas pequenas diferenças, mas somos todos irmãos”, finalizou Sergio Machado.