No mês em que se celebra o aniversário da Lei Maria da Penha, o Hospital Ferreira Machado (HFM), unidade da Fundação Municipal de Saúde (FMS), realizou nesta quinta-feira (19) uma programação especial de conscientização contra a violência doméstica. As equipes dos setores de Serviço Social e Psicologia do hospital entregaram panfletos na portaria da unidade e, no final da tarde, uma confraternização com roda de conversas e debates sobre o assunto encerrou o dia de ação. A programação se integra a uma série de outras ações pelo Agosto Lilás, desenvolvidas pela Prefeitura, por meio da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres.
O objetivo da programação é promover a conscientização da sociedade sobre a importância de ações direcionadas ao combate de todos os tipos de violência contra as mulheres e difundir os serviços da rede de proteção do município, para que elas se sintam amparadas e seguras para denunciar.
A gerente de Psicossocial, Gabriela Schott, lembra que a Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres foi criada pelo Prefeito Wladimir Garotinho e a cada dia está trabalhando mais na divulgação e acolhimento das mulheres. “É muito importante essa troca com a equipe do hospital, porque é onde a gente faz o fortalecimento dessa rede. É importante receber essas denúncias, receber essas mulheres. Dentre as nossas ações no Agosto Lilás, a divulgação, o fortalecimento dessa rede, é uma das nossas prioridades. Temos toda a causa da mulher, a lei Maria da Penha, mas a nosso objetivo principal é estar disseminando informação para todo o município e, principalmente, fazendo essa troca com esse fortalecimento de rede”, informou.
A advogada do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), Cristiane Figueira, conta que existem vários tipos de violência e que, em todos os casos, a mulher pode e deve pedir ajuda. “No mês de agosto, serve para falarmos ainda mais sobre a violência doméstica e, assim, tentarmos erradicar essa situação, levar informação e amparar aqueles que precisam. O mês é dedicado a ajudar as pessoas que passam por esse tipo de violência, tanto a física quanto a psicológica e a patrimonial”, informou.
DENÚNCIA
Pesquisas como do Instituto Datafolha, apontam que todos os dias milhares de mulheres sofrem algum tipo de violência, seja ela física, moral, psicológica, sexual ou patrimonial. Durante a pandemia de Covid-19, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirmaram ter sofrido algum tipo de violência.
A Central de Atendimento à Mulher (180) presta escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos. No 180 ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade. O 180 atende todo o território nacional e, também, pode ser acessado em outros países. O número da emergência policial é 190.