Mais quatro pacientes, nesta terça-feira (23), foram submetidos a cirurgias urológicas no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. As intervenções fazem parte da quarta etapa do Mutirão da Saúde, lançado oficialmente no último dia 17 pelo prefeito Wladimir Garotinho. Ao todo, serão realizados mais de 10 mil procedimentos, entre urologia e procedimentos cirúrgicos de cabeça e pescoço.
O prefeito Wladimir Garotinho destacou: "Iniciamos as cirurgias urológicas da quarta etapa de nosso Mutirão da Saúde. Joel Pinto Nascimento, de 67 anos, estava aguardando na fila e hoje passou pela cirurgia para desobstruir os canais urinários. Estamos trabalhando para zerar as filas e dar qualidade de vida para a nossa população".
Joel Pinto Nascimento, de 67 anos, sofria de hiperplasia prostática benigna e precisou fazer um cateterismo urinário, técnica que consiste na introdução de uma sonda vesical, desde a uretra até a bexiga, para facilitar a saída de urina. “Ele (Joel) não urinava e, por isso, usava essa sonda. Estava aguardando há três meses para operar e agora, graças a esse Mutirão, a espera acabou. A sensação é de alívio para todos nós”, disse Waldecy, cunhado de Joel.
De acordo com o médico urologista, que compõe a equipe da Santa Casa, Arthur Manhães, a hiperplasia prostática benigna é uma das doenças mais frequentes e com mais sintomas no homem, como dificuldade de urinar, jato urinário mais fraco, idas ao banheiro com mais frequência e obstrução. Segundo ele, a expectativa é de que o paciente volte a ter uma vida normal, logo após a cirurgia.
“Os sintomas obstrutivos são muito gradativos. É por isso que a adaptação faz com que eles (pacientes) achem que estão urinando normal. Quando há obstrução total da uretra, é necessário passar uma sonda na bexiga. Para desobstrução da próstata, o tratamento é cirúrgico”, disse o especialista informando, ainda, que a orientação da Sociedade Brasileira de Urologia é de que todo homem, a partir dos 45 anos, faça uma avaliação de rotina. “Na consulta, a gente consegue identificar problemas que não dão sintomas”.
Em Campos, pelo menos 1.500 pacientes aguardam pelos procedimentos urológicos, dentre eles, intervenções a laser, que não são cobertos pelo SUS. O município é o primeiro da região a ofertar esse serviço. Para o mutirão de cirurgias urológicas, serão realizadas 7 mil consultas e cerca de 1.000 cirurgias para 97 procedimentos, sendo as maiores demandas: Litotripsia ou Litíase renal (pedras nos rins), que pode ser a laser ou percutânea; Prostatectomia Transvesical (próstata aberta); Ressecção Transuretral de Próstata (RTUP) – tratamento minimamente invasivo para desobstrução da uretra; Nefrectomia (retirada de um dos rins); Varicocele (dilatação anormal das veias testiculares; Hidrocele (acúmulo de líquido dentro do escroto envolvendo o testículo), além de biópsias.
“O Mutirão, graças aos esforços da atual gestão e da equipe da Secretaria de Saúde, veio para coroar esse trabalho bem feito na urologia do município, de modo a resolver a situação desses pacientes o quanto antes”, ressalta o urologista Felipe Dias.