Quem passou pela Praça São Salvador na manhã desta quinta-feira (01) pode participar da abertura da Semana da Pátria que, neste ano, celebra o bicentenário da Independência do Brasil. A solenidade teve início com hasteamento das bandeiras de Campos, do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil, ao som da Banda da Guarda Municipal. Três placas foram descerradas, em pontos distintos da área central, marcando os locais que há 200 anos foram importantes para a história do país e do município.
Participaram do evento, o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres, secretário de Ordem Pública, Jackson Souza, e a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Auxiliadora Freitas, que realizaram o hasteamento do pavilhão nacional. Em seguida, representantes do governo municipal, acompanhados do vice-presidente do Instituto Histórico de Campos dos Goytacazes, Adelfran Lacerda, historiadores e representantes de órgãos ligados à cultura e história de Campos, seguiram para o descerramento das placas comemorativas.
A primeira a ser inaugurada foi na Catedral do Santíssimo Salvador, onde estava situada o templo católico da Vila de São Salvador dos Campos dos Goitacazes, no qual, de 11 a 20 de outubro de 1822, aconteceram diversas cerimônias religiosas em comemoração à aclamação do imperador D. Pedro I.
A segunda placa foi instalada em um imóvel na esquina das ruas Vigário João Carlos com Barão do Amazonas, onde à época estava localizada a Casa da Ópera, uma casa de espetáculos e que também foi palco para as comemorações.
A terceira placa em homenagem ao bicentenário da Independência, faz alusão à Casa da Câmara. Esta foi colocada na fachada do Museu Histórico de Campos, em 31 de agosto de 1822, onde os vereadores da época fizeram uma representação que foi remetida para D. Pedro I, se manifestando oficialmente pela adesão da Villa à causa da Independência.
De acordo com Adelfran Lacerda, as placas vão fazer parte de um livro que será publicado pelo Instituto Histórico e Geográfico do Brasil e pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, assinalando os momentos fluminenses da independência, onde são registradas as atividades mais expressivas que foram realizadas há 200 anos.
O secretário de Educação, Marcelo Feres, relata que o Sete de Setembro tem uma referência simbólica para o país. “Se a gente remonta esses 200 anos, vemos que Campos teve uma participação muito expressiva na Independência do Brasil. Esse momento resgata para nossos alunos e nossa cidade um momento especial, não só de olhar para o passado e refletir sobre como estamos, mas para onde devemos ir quando pensamos em independência. Reavivamos esta importância no retorno dos nossos desfiles cívicos, que se inicia neste domingo, em Guarus, tendo seu ponto alto, no dia sete de setembro, no Cepop”, afirmou.
Na ocasião, Auxiliadora Freitas, falou da importância do ato e deixou um convite à reflexão. “A história da nossa cidade se confunde com a independência do país. Campos sempre está envolvida em todos os momentos da história do país. Este 7 de setembro, que comemoramos o bicentenário, é especial. Ficar independente e buscar essa independência ao longo de sua caminhada é de extremo significado e de muita reflexão. Precisamos pensar em que país queremos, um país que é justo para todos ou para poucos, um país independente em sua totalidade ou não?”, disse.
Fazendo coro aos demais colegas de governo, a subsecretária de Turismo, Patrícia Cordeiro, falou sobre a importância de se fazer história. "Nesse momento, o retorno de nossos desfiles tem uma importância diferenciada. Podemos nos considerar sobreviventes, depois desse período de pandemia que passamos. Vamos consolidar neste sete de setembro, onde crianças e adolescentes tiveram dois anos de apagão em pleno florescer”, acrescentou.