Quem passa em frente à Cidade da Criança Zilda Arns, localizada no antigo Parque Alzira Vargas, na Avenida 28 de Março, já consegue perceber que estão sendo feitas intervenções no espaço temático. A novidade é que, em breve, ele deixará de ser apenas um parque e se tornará um Centro de Lazer, Educação e Convivência Inclusiva, mantendo os atuais serviços e equipamentos e ampliando a proposta como uma Escola de Aprendizagem Inclusiva. Para isso, a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) está realizando um mutirão de manutenção e revitalização do equipamento, que será devolvido à população ainda este ano.
O Prefeito Wladimir Garotinho falou sobre o retorno do equipamento, que terá foco no lúdico, educativo e inclusivo. “Nossa cidade está cada vez mais viva. Estamos revitalizando a Cidade da Criança, trazendo de volta a alegria que o espaço transmite, através das cores vivas. No dia 12 de outubro será a reabertura deste lindo espaço de lazer, convivência e, agora, também de inclusão, a Escola de Aprendizagem Inclusiva ”, disse Wladimir.
De acordo com o secretário de Educação, Marcelo Feres, as equipes atuam em diversas frentes de trabalho, em parceria com vários órgãos da Prefeitura. Entre os serviços executados na primeira fase da manutenção estão: recuperação e ativação do chafariz, manutenção da rede elétrica, reparos sanitários e hidráulicos, pintura de fachada das lojas, do castelo, dos muros e áreas administrativas; recuperação e ativação das geodésicas, recuperação da pista de trânsito, paisagismo, pode de árvores, recuperação dos brinquedos de madeira e dos bancos; instalação de playgrounds; etc.
O secretário tem realizado várias reuniões presenciais no equipamento com os setores da Prefeitura envolvidos na força-tarefa, como, por exemplo, a Secretaria de Planejamento Urbano, Mobilidade e Meio Ambiente; Secretaria de Serviços Públicos; e a Subsecretaria de Limpeza, Parques e Jardins. Um novo encontro aconteceu na manhã desta quarta-feira (28), envolvendo os setores da Educação, como Infraestrutura, Multiprofissional, Pedagógico, Coordenação de Projetos e Educação Especial Inclusiva.
A Cidade da Criança passou a ser administrada pela Seduct, por meio de decreto número 483 de 2021, publicado no Diário Oficial do Município. Desde então, o secretário vem buscando parcerias com diversos órgãos para implantação de novos serviços. Ele tem dialogado com instituições de referência no atendimento a pessoas com necessidades educacionais especiais, como, por exemplo, Instituto Neurodiversidade, Instituto Municipal Helena Antipoff, Instituto JNG (Organização da Sociedade Civil que atua em prol da autonomia e independência de adultos com deficiência intelectual, com foco em moradias independentes), e Associação de Pais de Pessoas Especiais do Norte e Noroeste do Rio de Janeiro (Apape).
Escola de Aprendizagem Inclusiva – As atividades pedagógicas serão implantadas de forma gradativa. “A Escola de Aprendizagem Inclusiva (EAI) vai atender alunos da rede municipal na faixa etária de 2 a 8 anos de idade, que terão atendimento educacional coletivo, envolvendo alunos típicos e atípicos e, ainda, oferecerá atendimento individualizado, com terapias específicas para os alunos neurodiversos, como autistas, por exemplo. Além dos alunos, a Escola também terá atividades específicas para os professores e demais profissionais da Educação, bem como para os familiares dos estudantes, visando à convivência inclusiva, numa sociedade ainda excludente”, explicou Marcelo.
Ele acrescentou que a Escola se propõe a ser uma referência para o país no que tange ao atendimento de estudantes típicos e atípicos que necessitem de atendimento diferenciado e de reforço escolar, para que possam avançar em sua autonomia de aprendizagem nas escolas tradicionais em que estiverem matriculados.
“É algo inovador. Nosso ideal é criar um ambiente sem preconceito, em que ser diferente é normal, em contraposição ao modelo social que tenta rotular e criar padrões considerados aceitos ou normais. Se as crianças aprenderem a lidar com as diferenças, de forma respeitosa e empática, poderão se tornar adultos aptos a praticar uma convivência inclusiva em sociedade”, completou.
Reconstrução da história de Campos – Para Marcelo, a reabertura da Cidade da Criança, criada em 2015, representa a reconstrução e o resgate da história de Campos, pois o local foi fundado na década de 40, com o nome de Parque Alzira Vargas, local onde funcionaram órgãos públicos como Centro de Assistência e Educação Infantil, antiga Secretaria Municipal de Educação e a Guarda Civil Municipal.
“O espaço voltará a exercer seu papel fundacional, para o qual foi criado há quase 80 anos, com a proposta de ser não apenas um espaço de lazer. Agora vamos garantir a oferta de centenas de serviços visando ao apoio às crianças com necessidades educacionais especiais, e, principalmente, de reforço da aprendizagem, seguindo as metas do Programa de Aprendizagem Eficiente (PAE), implantado pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, em 2021. Nossas crianças vão poder voltar a viver momentos mágicos novamente”, disse o secretário.
Serviços e projetos – Além de toda parte lúdica, diversos serviços e atividades serão desenvolvidos como Projeto Estação Educação; laboratórios de ciências, de matemática, de robótica, laboratórios lúdicos Brincar e Aprender; oficinas para estudantes, pais e profissionais do ensino; salas de recursos multifuncionais, Projeto Família na Escola, reforço pedagógico, capacitações para profissionais da Educação, palestras, teatro, etc.
Estrutura – A estrutura do equipamento compreende uma área de 8 mil metros quadrados e conta com um castelo; três blocos que abrigam lojas, banheiros e fraldários; duas geodésicas (estruturas metálicas com espaço para ciência), miniauditório e administração. Construído em estilo art decor (caracterizado pelo uso de formas geométricas), o prédio foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam) em 2012.
Há espaço para arborismo, torres com tirolesa, navio de madeira, local para escalada, fonte interativa, bancos lúdicos e quiosques em formato de casquinha de sorvete, frutas, hambúrguer, máquina fotográfica e pipoca; pista de circuito mirim, ciclovia e área interativa com animais em resina em tamanho natural.